Mario Augusto Machado Pinto
Escrever uma estória na primeira
pessoa relatando uma aventura com alguém da atual turma do EscreViver numa
jornada engraçada, confesso, é preciso engenho e arte! Tarefa difícil. De
pronto, perguntas: o que é engraçado pra um, será para o outro? Na maior parte
das vezes a graça torna-se sem graça. Falta o ambiente. E o espirito esportivo?
Tira de onde? Da mala?
Busquei assunto, possibilidades,
esforcei-me para redigir um texto, mas como redigir se a estória não vem? É
minha culpa? Pensei nos colegas e cheguei a me perguntar: daria certo? Duvido! Por
mim! Para ser atual e sincero, diria que sou muito complicado. Vocês acham que
não? Atentem para minhas considerações.
Se
eu escolhesse parceria, vejam o resultado de cada uma e a música de consolo:
■ FERNANDA: A ajudaria pensar em sua
primeira paixão. Só há ele. Como ajudar? Não sou Cupido...
Rapsody
in Blue:
■ MARIA LUIZA: saberia eu brincar
com as crianças que ela procura sempre, usar suas plantas para preparar o chá
ou teria resposta para a pergunta: Onde
está o vestido tailandês? Duvido muito.
Jesus
alegria dos homens.
■ JOSÉ VICENTE: no tênis me daria
balão, certeza. E há mais o fato dele estar distraído, sempre fora do ar sentindo
que
Quando
ela passa dengosa
Coração
bate apertado
Respiração
para no meio
Com
desejo do olhar dela.
Bolero.
Bolero.
■ JUDITH: iria querer dançar, cantar:
Dancei, dancei, dancei! . Vou abrir uma
fábrica de bonecas. À atriz experiente de 30 anos pediria para me ensinar
interpretar Otelo e Chincholin.
Lago
dos Cisnes.
■ CARLOS: nos Andes conversaríamos o
tempo todo sobre clima e como manter um bote pronto pra enfrentar inundações e
colocar a salvo as colmeias de abelhas; mandaríamos a pressa passear;
ficaríamos ali mesmo.
Talking
to the Moon.
■ VERA: alegre e caríssima Veruska, ambos com mesmo mês e
dia de aniversário. Temos parentes em Agnone, Itália. Hum, hum, tem humor
afiado. Já pensaram em nós dois num
rally Português: Puxa o travão, ora pois.
Se eu errar com certeza vai dizer La
faccia della tua nonna! Pode?
Ode
à Alegria (9ª de B.)
■ ROMANO: ao convidá-lo, me diria:
como vou ter no meu barco um marinheiro que só sabe o que é S.O.S e grita HOMEM
AO MAR! Sentiram o meu drama?
Simbad,
o Marujo (Scheherazade-R.K.)
■ FERNANDO: eu pediria pra contar
“causos” no varandão do sitio dele; daríamos boas risadas; ficaríamos com o bom
vinho tinto. Jogar cartas? Nem pensar!
O
Destino Bate à Porta (5ª de B.)
■ MARIO TIBIRIÇÁ: quando o convidasse
daria uma de suas rizadonas – Ha, Ha, Ha
- tocaria a buzina do seu carro –FIM, FOM – FIM, FOM! Procurando a Mercedes. A
aventura é só pra ele. E eu?
Dança
do Sabre.
■ LUIZA HELENA: mostra-se, fala, escreve
e conta suas estórias com tanta delicadeza que eu me sentiria como um touro
numa loja de cristais. Verdade! Antes de qualquer coisa certamente eu muito
teria a aprender.
Sí,
me chiamano Mimi.
■ SUZANA: na mata teríamos paradas
constantes nas trilhas com descrição de plantas, árvores, pássaros; perguntaria
se eu conheço a mascara de Veneza, presente do Caro Giuseppe de quem sempre ouve Arriverdecci bela ragazza e ela sempre responde Tchau, belo! Contra o Giuseppe não dá pra competir!
O
Quebra-Nozes.
Entendem como eu sou de convívio
difícil?
Valeria tentar futuramente, mas digo
que mesmo não querendo ferir alguém com meus espinhos, a escolha da parceria
seria dificultosa.
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