ZEPPELIN
Barbara Blue
O anúncio do
dirigível cruzando os céus do Brasil, mudou a rotina dos habitantes que
passavam o dia olhando para os céus com sua máquinas fotográficas para
eternizar o momento silencioso do seu passar.
“Photo tirada no momento
que, Hindenburg, o dirigível monstro passava sobre a Cathedral, cujo relógio
assignalava a hora de sua chegada em Curityba, 9,30 hs. da manhã, no dia 1º de
dezembro de 1936, de volta de seu cruzeiro pelo sul do paiz”.
Deborah sempre ouviu
histórias reticentes e a meia voz sobre este tão poderoso invento, à medida do
seu crescer mais reticências, na fase adulta outras reticências um pouco mais
esclarecedoras que, através de romances chorava identificando-se com os
personagens, enfrentava chuvas e trovoadas, mas a filmes de guerra jamais os
assistia.
Tinha uma aversão
natural sobre o dirigível ao ver tanta empolgação sobre esta passagem, no
entanto, o que ninguém sabia era qual o projeto secreto do Zeppelin, que pela
sua facilidade em pousar em qualquer local, numa pequena base, recolhia ouro ou
espécie monetária, de aliados e simpatizantes.
Com um sorriso, enigmaticamente rasgado, cortava os céus levando o poder da dor sem fronteiras.
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