Querida Cris
Suzana
da Cunha Lima
Neste
final de semana estive em Búzios com meu grupo de vôlei. Tudo lá me fez
recordar você e os bons momentos que passamos juntas, tanto tempo
atrás...
Sabe
aquela Pousada onde ficamos, pertinho da Rua das Pedras? Uma gracinha,
não era? Hoje reformaram, colocaram mais quartos, quase usaram todo o
quintal para isso. Desfigurou.
Lembra
daquele dia que resolvemos ver como era a “night” de Cabo Frio?
Meia-noite
e ainda não tinha começado a famosa night de Cabo Frio, mas nosso sono
sim. Fomos embora dormir, porque nosso negócio era a praia. Íamos
cedo, percorríamos aquelas belezas de praias geladas, depois pegávamos um
taxi-boat e íamos almoçar na Praia das Tartarugas, a única de águas quentes. E
por lá ficávamos quase todo o dia, almoçando peixe na brasa e batatas tostadas,
uma delícia.
Sinto
muito sua falta, amiga. Partilhamos juntas tantos momentos difíceis, outros alegres,
alguns bem engraçados...
Você
não dava conselhos nem sermões, apenas estava lá, presença constante, amiga e
solidária.
Tento
não me entristecer, quando lembro de nossas andanças no mundo novo em que
entramos, de jovens senhoras viúvas, com tanta alegria e vontade de viver.
Eu
me casei outra vez, com aquele cantor que gostava tanto de você, e a companhia dele me ajuda nos momentos
difíceis da saudade.
Acredito
que você esteja num lugar maravilhoso, digno de seu caráter e bondade. Nós
continuamos por aqui, no “bom combate”, até quando Deus quiser. Porém peço a Ele
que, quando me levar, me coloque perto
de você, para continuarmos a história que começou um dia, aqui na terra.
Sua
amiga, hoje e sempre.
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