EFE e UM CACHORRO NA ESTRADA.
Maria Luiza C. Malina
Estamos
sempre rodeados de códigos. Não os percebemos
pelo apressar da vida num complô com o destino. Continuamos neste caminho, sem
tréguas, indo e indo para algum lugar. Se, este lugar existe não sabemos.
Sentimos às vezes arrepios ou, pensamentos que não nos afastam daquele objetivo
ou ser, não de uma forma obsessiva, mas precisamos ir a este encontro, como num
sentir de que faltaremos a algum compromisso.
Um
dos códigos mais conhecidos é a Estrela do Oriente, anunciando algo aos Três
Reis Magos que, os atraiu ao encontro do milagre, pelo brilho e sua grandeza. Caminhavam acreditando. Encontraram.
Num
dia de ressaca do mar, apostávamos frente à casa, se a água chegaria até o
muro. Num momento, minha filha com 10 meses foi colocada sentada em frente ao
muro. Num ímpeto, só tive tempo de levantá-la. A onda, como que raivosa, bateu
no muro chocando-se com um cãozinho que por lá passava, espremendo-o. Ficamos
todos em silêncio e chocados. O código havia se transformado em micróbios, no
meu pensar. Não deixaria uma criança pequena, sentada na areia sem fraldas.
Apenas isto. Frente a uma ação. Fiz.
F.
Von Edel, resolve dar uma guinada em sua carreira, após 53 anos. Transforma sua
belíssima casa de praia em uma pequena hospedaria, com quatro suítes. Todas pré-reservadas
para o verão de 2013/2014 estão confirmadas. Está feliz pela decisão de vida.
Avisa os amigos a mudança de atividade, endereço e seu novo telefone. Pessoa de
boa formação e bom caráter faz amigos com facilidade.
Sua
melhor amiga é uma “Harley Davidson” de quem poucas vezes se separou. Ela e ele
avistaram junto à estrada um cãozinho perdido, identificou-o igual ao seu
antigo cão. Esta cena não lhe sai da cabeça. Vai ao encontro de amigos num bar
próximo e, conta do bichinho. Um rapaz que acabara de conhecer lhe diz: - Posso
ir junto, eu o ajudo a trazer o cachorro.
Feliz,
“Efe” agradece e seguem a procura do animal. Passadas umas horas, os amigos
resolvem ir procurá-lo. No caminho encontram o Resgate. Hoje dia 4, ao procurar
pelo nome de “Efe”, o “Google” já informava o novo endereço – Cemitério de
Congonhas.
Fico
com os pensamentos entrelaçados entre o seu verdadeiro cão, que tanto o amava e
este cão da beira da estrada que, com um código secreto, o atraiu, o aguardava
para a viagem que não sabia que faria. Estava na hora marcada, pelo relógio da
vida, no lugar combinado. “EFE” foi. O
Google codificou.
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