Esta semana trabalhamos um olhar diferente para o texto do colega.
Expusemos alguns trechos de histórias para exercitarmos a escrita partindo do trecho apresentado.
Escolha dois deles, e crie duas histórias:
Abaixo
temos alguns trechos de histórias dos colegas do EscreViver. Baseando-se nesse
trecho de história, se você fosse escrevê-la, como seria? (A
história completa poderá ser lida no blog, faça a busca pelo título ou autor.)
“Certa
noite dormiu cedo, cansado que estava. Durante o sono sentiu a presença
estranha no quarto, abriu os olhos e viu algo ou alguém não identificável, um
ser não humano, era um extraterrestre. De aparência dócil, com o corpo magro,
estatura alta, pele muito branca, olhos grandes, nariz e boca pequenos, sem
pelos, vestia túnica azul com botões dourados, levemente parecido com
humanos...” – Eu e o universo – Antonia Marchesin
Gonçalves.
“Havia
uma trilha muito arborizada, com pequenas aberturas pelas quais o sol iluminava
o solo extremamente úmido, de onde foi subindo um cheiro de grama misturado com
terra. A umidade do ar facilitava a respiração e os pequenos troncos, colocados
cuidadosamente pelo caminho, ajudavam na subida. Mas tudo isso se esvaía ao final da trilha,
pois as árvores se abriam como uma cortina e davam espaço a uma cachoeira, de
tamanha exuberância que parecia uma porta para o céu.” – Sonho e realidade – Adriana Frosoni
“
Consta que o rapaz conseguiu entrar na pousada pela porta da cozinha e subiu ao
quarto da moça. Os proprietários moram na edícula e nada escutaram. A moça
loira era a única hóspede. No escuro,
com a lanterna do celular localizou a cama ocupada. Deu dois tiros de pistola
com silenciador na direção do travesseiro. Ao sair acendeu o abajur para se
certificar de que a vítima estava morta. Foi quando deu um grito alucinado
acordando os donos que vieram correndo.” – O caso que o
detetive não queria investigar – Ises Abrahmsohn
“De
repente fui retirado do banco pelo tranco violento de uma grande vaga. O mar
era outro! Ondas de três metros, com cristas brancas despenteadas pelo vento
forte, insistiam em emborcar a nossa pequena embarcação.
As
condições meteorológicas eram diferentes, nuvens escuras em forma de hexágono,
rolos de nevoeiro passavam velozmente, trombas d´agua despejavam como urina as
toxinas do céu raivoso, insuflando ainda mais as turbulentas águas.” –
Embarque adverso – Sergio Dalla Vecchia
“Nós
estávamos os quatro parados em círculo na entrada do velho casarão. Leila, com
as mãos trêmulas, examinava o papel um pouco amassado com fortes marcas das
dobras, bem envelhecido pelo tempo. A emoção se espalhava entre nós...
deveríamos começar a procura a partir do chafariz do jardim...” – Difícil reparação – Maria Verônica Azevedo.
“Conheci
um faroleiro que, por ironia do destino, nasceu num farol: o pai era faroleiro, a mulher foi visitá-lo e
o parto se realizou no local sem nenhumas condições, mas felizmente todos
sobreviveram. O menino cresceu sempre
tendo o farol como ícone, um misto de medo admiração e angústia. ”
– O mar – Ana Maria Pinto
“Alguns,
com o intuito de contribuir, traziam pequenas vasilhas cheias d’água que mal
davam para esfriar os gravetos que estalavam. Os bombeiros tiveram dificuldade
para vencer os obstáculos que se interpunham entre eles e a fornalha. Custaram
a chegar. Enquanto isso, o fogo devorava tudo que encontrava. Era um cenário de
tristeza e devastação. Impossível conter as lágrimas que insistiam em rolar,
encharcando meu triste semblante” - A
impotência humana – Ledice Pereira.
“Depois
de fazer as curvas da estrada de terra, a camionete azul parou em cima do
mata-burro. Um fim de tarde embruscado, garoa fria, Ignácio desligou o carro,
abriu lentamente a porta, desceu e deu uma longa olhada por todos os lados,
parecendo absorver cada pedacinho da paisagem que sua vista pudesse alcançar.” “–
Bosques de Palermo - Silvia Helena de Ávila Ballarati
“Era
um vizinho quase invisível. Eu chegava do trabalho às 20 horas e, às vezes, o
encontrava no hall do elevador. Eu entrando, ele saindo. Ambos com pressa. Ninguém sabia qual o seu
ganha-pão e não havia motivo para se especular sobre a vida dele. Não comparecia às reuniões de condomínio, é verdade,
porém não reclamava de nada e pagava pontualmente suas contas, segundo o
sindico e os zeladores.” – Strike – Suzana da Cunha Lima
EXERCÍCIOS:
1 - Se você fosse contar uma história, como
seria ela? Aproveite um desses exemplos, inserindo-o em sua história
2 - Utilize outro exemplo, de outro autor, para
criar OUTRA história.
Não
use o trecho de história de sua autoria.
Use
sempre o trecho completo que um colega criou, pode ser na abertura, no meio da
sua história, ou como desfecho de seu conto
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