Medo, eu?
Ledice
Pereira
Quando Leticia
chegou com Rodrigo, a feijoada já reunia um pessoal animado, em volta da
piscina. Sentiu um arrepio. Era a primeira vez que saía com ele e aquela
piscina a aterrorizava.
Tentou disfarçar,
permanecendo o mais distante possível do que lhe representava um enorme perigo,
mas o rapaz, ao contrário, tentava arrastá-la para perto do grupo.
Após algumas
caipirinhas, a jovem sentiu-se um pouco mais à vontade, e os jovens, percebendo
que algo a incomodava, procuravam enturmá-la.
Aos poucos, todos
começaram a pular na piscina, alguns, demonstravam estar mais alterados pela
bebida. Risada vai, risada vem, começou um jogo de empurra pra dentro da
malfadada. Letícia gelou. Discretamente afastou-se de todos, indo buscar abrigo
na sala onde algumas senhoras e senhores idosos conversavam.
O coração parecia
querer sair pela boca, batendo tão descompassado como nunca sentira.
Uma das senhoras,
percebendo que algo não estava bem com a moça, chamou o marido, médico, pedindo
que ele a avaliasse.
Após exame
minucioso, ele diagnosticou, ela estava tendo uma crise de pânico.
Rodrigo foi chamado,
só então tendo tido conhecimento do que acometia a namorada.
Levada ao
Pronto-Socorro próximo dali. Letícia foi medicada, após amargarem várias
horas de espera, após o que, o rapaz levou-a para casa.
Definitivamente, o
domingo ensolarado foi bem diferente daquele idealizado pelo jovem apaixonado.
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