Quando
os autores não se preocupam em empenhar emoção na história, é muito provável
que a história não faça a necessária conexão com o leitor. Pois é através da
emoção contida na trama que o leitor sentirá empatia com o enredo. Se não
houver essa conexão, é porque não houve emoção suficiente no texto.
Não
tenham medo da pieguice, não fujam daquilo que é importante para segurar seu
leitor: emoção textual. O texto é sua mercadoria, ofereça a melhor, a mais
atraente, a mais empolgante.
Além
do já costumeiro conselho “mostre, em
vez de contar”, vocês, escritores, precisam ir mais fundo, se apoderando
dos pensamentos dos personagens, das
expressões faciais, dos sinais através dos olhares, dos movimentos corporais.
Não devem ter receio de levar o personagem às lágrimas, ou às últimas consequências. Façam isso e explorem os sentimentos
deles para contagiar o leitor. Invoquem o
passado do personagem para provocá-lo, tragam à tona um amor esquecido que
vem agora torturá-lo, um crime
escondido, um segredo que ele jamais imaginou as consequências se fosse
revelado. Provoquem seus personagens! Trabalhem arduamente na emoção do
personagem, na emoção textual.
Descrevam
dores e sofrimentos, mostrem seus corações batendo forte, o suor escorrendo
pelas costas ou suas mãos ficando dormentes por cerrar os punhos. Podem ir
além, dizendo ao leitor que ele teme pela sua vida. Sim, numa conversa do
narrador com o leitor, ou do personagem com o leitor, mostrem a insegurança, o
medo do personagem. Explorem tudo através das figuras de linguagem, escolham um
título chamativo, façam valer as ferramentas literárias que moram nos confins
de tantas escritas.
Criar
dois contos tendo o cuidado de empenhar emoção nos textos.
TAREFA
1:
“Uma mulher faz inquietas descobertas por meio de linhas telefônicas cruzadas”
TAREFA
2:
Um homem de negócios está em viagem,
quando sofre um mal súbito e perde a memória.
Nenhum comentário:
Postar um comentário