O verdadeiro criminoso
Ledice Pereira
Por trás de qualquer assassinato há um mandante. Um
ser desprezível que se utiliza de outro ser desprezível para executar o que
deseja sem deixar vestígios. Haja vista a morte de Marielle, até hoje, passados
cinco anos, sem solução.
A morte brutal do indigenista Bruno Pereira e do
jornalista Dom Phillips, após um ano, ainda não foi esclarecida. Chegou-se aos
suspeitos que, aliás, confessaram, mas a pergunta que fazemos, quem foi o
mandante?
Sabemos que, por aí, existe um número elevado de
“coronéis” que manda executar qualquer um que venha a se colocar no seu
caminho. Para isso, existem os capangas, sempre prontos a obedecer a ordens, qual
autômatos, sem expressar qualquer reação, de revolta, de humanidade, de
compaixão.
Existem ainda os matadores de aluguel, desprovidos
de quaisquer sentimentos que, por um punhado de dinheiro, se prestam a executar
o serviço sem discussão, sem dó, nem piedade.
Assim, os mandantes dormem tranquilos porque,
afinal, eles entendem que não sujaram suas mãos. Consequentemente sabem que
dificilmente serão desmascarados.
Essas devastações, que tem sofrido a Amazônia, também
são crimes. Crimes ambientais, até aqui, sem que se chegue aos responsáveis.
Estes, covardes, escondem-se atrás dos executores que derrubam árvores, queimam
a floresta, cortam e estocam madeira, na calada da noite, usam equipamentos de
primeira e inúmeros caminhões pertencentes ao verdadeiro assassino que, esse
sim, deveria ser condenado a um tempo máximo de prisão, por subtrair do pulmão
do mundo, o oxigênio tão necessário à perpetuação da espécie humana, animal e ao desenvolvimento da flora, riquíssima
nessa região, matéria prima de inúmeros medicamentos que têm sido descobertos
para combater um número expressivo de males e doenças.
Que se encontrem os culpados!
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