Aula de 31/10/2023
COMEÇA COMO TERMINOU E TERMINA COMO COMEÇOU
COMEÇA COMO TERMINOU
E TERMINA COMO COMEÇOU
O desafio agora é criar um conto cujo tema seja:
O HOMEM MASCARADO
O final de cada frase será o início da frase que virá em seguida.
O texto deve terminar com a mesma frase que começou.
Conte a história do HOMEM MASCARADO, crie um personagem instigante, interessante por si só, faça com que ele entre num conflito intransponível. Explore o lado ruim dele, os seus defeitos. Faça-o intenso.
Alimente a narrativa com situações de apelo emocional, sensorial. Provoque o leitor. Capriche no desfecho. Seja inovador.
Exemplo da estrutura infinita, se fosse O HOMEM QUE USAVA SAPATOS MARRONS
(MODELO da estrutura infinita)
O homem de sapatos marrons
Dionísio era um homem sério que usava sempre sapatos marrons, dizia que os outros não davam sorte, era de poucos amigos, e muita cultura.
Muita cultura ele adquiriu em tantas viagens que teve que realizar desde a juventude.
Desde a juventude, Dionísio se cercou de muitos livros, muito dinheiro, muita cautela e nenhuma namorada.
Nenhuma namorada, mesmo! Ele até gostou da Filomena que era bibliotecária, mas ele era tão introspectivo que ele nunca a notou.
Nunca notou que a vida estava escorrendo pelas frestas e ele ia esquecendo-se de sorrir, de se divertir.
Se divertir era o que ele jamais fazia. Foi ao cinema algumas vezes, mas isso não contava como diversão. Foi à praia uma dúzia de vezes, mas não para se divertir. Foi assistir a dois espetáculos musicais, fazendo companhia para o dono da empresa em que trabalhava. Mas, Dionísio era tão vazio e chato que jamais foi convidado novamente.
Novamente a vida estava escorrendo pelos vãos dos dedos e o homem de sapatos marrons se viu adoentado e fraco para seguir com o mesmo ritmo de antes. Confinou-se numa casa de repouso e tratou de repousar como jamais foi capaz de fazer.
Jamais foi capaz de fazer amigos e agora não havia quem lhe desse a mão, nem quem olhasse em seus olhos.
Seus olhos riscavam um preguiçoso vaivém querendo se fechar, enquanto alguns pensamentos lhe abatiam. Como pôde viver sem nunca ter sido feliz, pensava.
Pensava Dionísio, o homem sério que usava sempre sapatos marrons, dizia que os outros não davam sorte, era de poucos amigos, e muita cultura.
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