O MOTOQUEIRO AZARADO - Maria Amelia Favale



Motociclista, Motocicleta, Passeio, Veículo, Estrada

O MOTOQUEIRO AZARADO
Maria Amelia Favale



Alguém que conheço contou que presenciou, o que de fato aconteceu.
Fazia calor aquela noite, e ele dormia placidamente. Ele era policial e tinha trabalhado intensamente o dia todo. Antes de dormir ainda colocou o revólver embaixo do travesseiro, cautela de todos os homens da lei.

De repente um ronco absurdamente ensurdecedor o fez despertar de supetão.  Era uma motocicleta. Ele levantou assustado e não pensou duas vezes, empunhou a arma e atirou alvejando o ombro do motociclista. O rapaz caiu da moto tendo um leve desmaio.

Meu amigo arrependido, pegou o rapaz do chão e chamou a ambulância.

O policial explicou o acontecido para os socorristas.

Apesar de consciente, o motoqueiro não sabia exatamente o que tinha acontecido, o policial então explicou que o escapamento aberto da moto produz um ronco assustador e num repente de susto, ele se viu atirando. Aproveitou e se desculpou.

Seja mais cauteloso, rapaz, ande com cuidado e conserte o escapamento da moto. Recomendou o policial.

É difícil! A gente que é motoqueiro gosta de fazer muito barulho, parece que a moto é mais possante, e quanto mais alto o barulho, melhor. Mas, eu entendi o recado. Desculpou-se o jovem.

O policial entendeu que é comum o que acontece. Mas, recomendou responsabilidade para quem gosta de pilotar moto. As leis precisam ser mais rigorosas com esses que incomodam, velhinhos e transeuntes.



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