O caso do duende
Maria Verônica Azevedo
Ao ler a proposta de hoje, eu me lembrei de uma canção de quando eu era criança.
“Um dia, uma criança me falou, olhando nos meus olhos a sorrir: o que é preciso para ser feliz?”
Desde então, fico me perguntando se as crianças, na sua ingenuidade, não têm uma sabedoria, que as leva a serem otimistas.
Na minha rua, moram crianças de várias idades, que costumam brincar na pracinha, onde podem inventar as brincadeiras livremente.
Rafael, com sua imaginação fértil, lidera o grupo.
Na praça onde costumava brincar, tem uma casa que parece abandonada, com poças de lama e bastante mato.
Rafael incentiva o grupo a pular o muro para investigar aquele quintal.
Vários aderem à ideia de Rafael e se propõem a segui-lo.
Já dentro do quintal, vão caminhando, pé ante pé, observando o espaço com certo receio do desconhecido.
À medida que avançam, vão se deparando com vários gatos.
No grupo, está Patrícia, que tem alergia a gatos. Logo tem uma reação e começa a se coçar, desesperada, chorando.
De repente, surge do meio da vegetação um duende gorducho, bastante agitado, que grita:
— Este bosque me pertence. Não admito invasores.
Com um gesto brusco, ele imobiliza as crianças.
Rafael enfrenta o duende gritando, tentando assustá-lo.
Pego de surpresa, o duende foge dali.
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