UMA SEMANA PARA NÃO ESQUECER
Oswaldo U. Lopes
Tudo começou
com a afirmação do Faustão de que haveria o assédio do bem (!) o outro, todo
mundo conhece, ficamos a imaginar como seria este, o do bem. O antigo, famoso,
do mal, pode ser resumido assim:
— Você quer ser a estrela do meu próximo filme,
então primeiro precisa passar no teste do sofá.
Sofá pode ser
substituído por cama, quando se quer ir direto ao assunto. Como seria o
"do bem"?
— Você quer ser a estrela do meu próximo filme,
então primeiro precisa ir num jantar especial, comigo, no Fasano. Pode levar
sua mãe, se quiser.
Para completar
a semana, Chico Buarque anunciou que não canta mais a música “ Com açúcar e
afeto”, porque as feministas a consideram um exemplar da pior espécie de
machismo. Aliás, se vocês repararem bem no Chico, com aqueles olhos azuis, ele
tem uma cara louca de porco chauvinista. Seria apropriado se ele torcesse pelo
Palmeiras, mas ele torce pelo Fluminense.
Creio, e não
estou sozinho, que houve aí um jogo de marketing, e ele vai cantar logo, logo
quando suspirosas fãs o pedirem. Esses revisionismos históricos são um enorme
desperdício de tempo, perde-se o mais importante, o testemunho da época, o
contexto, o significado, o momento.
Como seria a letra revisitada aos tempos atuais,
século XXI:
“ Com cólera e bicarbonato, fiz seu doce putrefato,
para envenenar você”.
O
relacionamento mulher-homem (não sou louco de escrever homem-mulher) vem sendo
estudado e anotado faz séculos, existindo diversas versões e conotações.
Exemplos:
1- Evangélicos. Adão e
Eva, como terá sido o primeiro encontro?
— Alô, como vai, quanto tempo, por onde você tem
andado, parece que foi ontem que nos conhecemos, você é a mulher (homem) da
minha vida.
Quem já teve a
oportunidade de ler o Gênesis, se surpreende com a quantidade de homens dos
mais variados tipos e nomes: Caim, Abel, Enoque, Irade, Sete, Meujael,
Metusael, Lameque, Enos, Jabal, Jubal, Tubalaim. As mulheres são mencionadas,
mas poucas têm nome: Eva, Ada, Zilá, Naamá. A confusão entre as mulheres filhas
dos homens e os filhos de Deus é grande, e ficamos apenas sabendo que elas eram
belas e eles as tomaram para si, o que garante a continuação da espécie, mas
não a clareza do assunto.
2 – Darwinistas. Estes são bons e sabem do que
falam. Entre todos os mamíferos, os humanos são dos que mais tempo requerem
para se tornarem independentes e seguirem seu próprio caminho. Isso faz com que
as mulheres que os geram, procurem e escolham (alguém duvida de quem escolhe
quem?) homens que vão estar presentes com elas pelo menos nos próximos quinze
ou vinte anos.
Há uma
coisa que pode mudar e modificar as leis da evolução. A Civilização, os
humanos, interferem, e não é de hoje, no ambiente. A presença do bicho homem
(bicho mulher se preferirem) é capaz de influir e modificar desígnios das Leis
de Darwin.
Essa situação
primária de mulher-homem gerando e criando um mamífero lento no desenvolvimento
pode ser modificada por: situação monoparental, bi parental, mas do mesmo sexo,
ou outras variantes parecidas. Elas já estão presentes entre nós, mas não no
número significante para alterar as leis do darwinismo.
3 - Cronistas. Em geral, por falta do que
melhor fazer, vão anotando tudo que observam a respeito desse relacionamento
secular.
Por exemplo,
vocês já notaram que em muitas cidades do interior, na praça central ou na rua
principal a extraordinária composição que se arma? Rapazes parados na calçada e
as moças passeando para lá e para cá, ou dando a volta completa na praça. A
primeira vez que vi foi em Franca, mas a coisa repete-se em outras (Piracicaba,
Sertãozinho, Leme, Mococa e por aí vai).
Ele os
expulsou do paraíso, mas estava preocupado com as leis de Darwin já que era
responsável por elas também. Então disse às mulheres:
— ”Não se preocupem, encontrareis bons maridos em
qualquer canto”.
Só que aí fez o mundo redondo e elas continuaram a
procurar pelos cantos.
E assim segue
a vida, eles a procura da “Amélia” que quando me via contrariado... Elas estão
à procura de um par decente que se sair de camisa listrada volte com ela sem
manchas de batom.
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