As cores do meu caminho
Antonia
Marchesin Gonçalves
A maioria das pessoas ao nascer quase
não têm cabelos. Algumas exceções mais cabeludinhos que se percebe se serão
loiros ou morenos. Segundo a minha mãe nasci com leve penugem loira. Fui uma
criança loira, mas à medida que cresci fui ficando com o cabelo mais escuro me
tornando uma adolescente com cabelo castanho bem escuro. Toda adolescente tenta
mudanças, e foi aí com meus quinze mais ou menos, que comecei a pintar o
cabelo. Por ter os olhos azuis e querendo imitar a grande atriz Elizabeth
Taylor, pintei-os de preto azulado durante um período, depois os cortei bem
curtos era a moda dos anos sessenta.
Assim me inspirando nas minhas
estrelas preferidas, que ditavam a moda da época, fui sofrendo transformações,
algumas me favoreciam mais ou menos. Adulta, usei durante um longo período
cabelos longos mechados, isso quer dizer a maioria dos fios na cor natural,
castanho escuro, com mechas loiras. Sendo mãe, me favorecia muito, de pessoas
me pararem na rua para saber o nome do corte e o endereço do salão que
frequentava. Por sinal muito competente ainda o frequento até hoje, nenhuma
outra profissional mexe no meu cabelo.
Novas fases de vida a única coisa
que sempre diversifiquei foi o cabelo, plástica nem pensar, usei durante anos
também loiro total, até que do loiro total resolvi ser ruiva. Uma mudança
radical, principalmente no inicio fica difícil a mudança, você fica com a cor
de cenoura ou popularmente chamavam água de salsicha. Minha mãe na época que virei
ruiva, não aceitava, tinha a crença antiga de que pessoa de cabelo vermelho era
ruim. Sem comentários, me divertia. Entrei na idade da famosa balzaquiana
ruiva. A terceira idade veio, usei nessa época vários tons de ruivos, do
vermelho intenso, até o bronze dourado, incorporou de tal forma no meu visual,
que me perguntavam se era a minha cor natural.
Ainda me encontro na famosa
terceira idade e a pandemia me fez reclusa sem poder pintar o cabelo. Isso fez
tornar realidade um desejo grande de deixar ao natural o meu cabelo, ou seja,
assumir o grisalho mais branco que preto. Novamente protestos de marido, filhos
e amigas. Na primeira ida ao salão radicalizei, cortei e não pintei. Para
variar a minha amiga profissional fez um excelente trabalho. Estou adorando o
meu branco como um grito de liberdade, os familiares ainda estão se
acostumando, a maioria gostou.
Quando voltar às minhas atividades
sociais, saberei o resultado. Lógico uns acharão que fiquei mais velha, outros
provavelmente vão gostar, não importa, por enquanto estou feliz. Vou continuar
assim? O futuro dirá.
querida, você está linda!. Nada mais velha. Importa o seu jeito jovem de ser. Faça o que tiver vontade. Se estiver sentindo liberdade, danem-se os outros. beijo Ledice
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