Encontros na floresta - Ises de Almeida Abrahamsohn.

 




Encontros na floresta

Ises de Almeida Abrahamsohn.

 

Quando Renata chegou perto da casa da tia Lu viu em frente à porta uma menininha um pouco menor que ela vindo na sua direção. Quando chegou mais perto percebeu que era uma menina muito estranha. Nunca tinha visto igual. A cabeça era grande e tinha duas orelhas também grandes e pontudas. E mais, os olhos eram enormes, arregalados e o cabelo que aparecia perto da testa era branco como o da bisavó Ida.

Quem é você, perguntou Renata?

Sou uma elfa.

Elfa ? O que é elfa?

Bem, você já ouviu sua tia Lu contar histórias sobre nós, que vivemos na floresta. Somos assim pequenos, como você vê e vivemos muito, muito. Eu sou uma mulher elfa e sou muito velha. Muito mais que sua avó e bisavó. Mais de cem anos.

E onde moram? quis saber Renata.

Moramos nos ocos de  árvores muito antigas e cuidamos da floresta e dos animais que lá vivem.

Minha mãe diz que as histórias que tia Lu conta são inventadas. Que não existem elfos, nem fadas, nem dragões de verdade. Mas você parece ser muito de verdade.

Pois é, Renata. A maioria das pessoas do seu mundo não consegue ver a gente. Só algumas, como sua tia Lu e você conseguem nos ver. E nós temos muito cuidado para não sermos vistos. Já imaginou, as pessoas iam querer vir nos espiar, e até levar para casa achando bonitinho.

E era isso mesmo que Renata estava pensando fazer. Seria legal ter uma elfa ou elfinha, só sua, para brincar e conversar. Mas a elfa era muito esperta e sabia o que Renata estava pensando e falou:

Nem pense nisso, menina. Eu sempre ajudei sua tia desde que ela veio morar aqui na casa no meio da floresta. Fui eu que trouxe de volta o gato Bilú quando ele se perdeu e ajudo a Lu a achar bons cogumelos depois da chuva.

Mas a menina Renata  não desistiu. Queria muito levar a elfa para casa. Correu em sua direção com os braços abertos pronta para agarrar a elfa. Mas, antes que pudesse chegar perto, ouviu uma risada estranha e viu uma nuvenzinha azul. Puff, a elfa tinha sumido no meio da nuvem azul. No seu lugar ficaram só algumas flores vermelhas. Tia Lu as chama de papoulas e diz que são os elfos da floresta que plantam essas flores.

As extraordinárias Girafas - Ises de Almeida Abrahamsohn

 



As extraordinárias Girafas

Ises de Almeida Abrahamsohn

 

Celina entrou na sala do museu de História Natural onde estavam os esqueletos dos grandes animais. Segurou com força a mão da tia Lu.

Aquilo era muito estranho. Os ossos dos enormes animais que ela tinha visto no zoológico,  arrumadinhos e de pé sem caírem. Como eles fazem para que os ossos fiquem assim de pé? Perguntou a menina curiosa. A tia explicou que tinha um fio de arame grosso que segurava os vários ossos do jeito que são no animal vivo. A menina parou fascinada ao lado do esqueleto de uma girafa. Comparou a sua altura com a perna da girafa. O alto da cabeça batia pouco acima do meio da perna da girafa. Eram mesmo muito altas. Tinha visto como elas se alimentavam de capim colocado bem no alto na altura das cabeças delas.

E aí Celina perguntou para a tia

Como elas fazem para beber água lá onde elas vivem? Lá não tem ninguém quem coloca comida e água no alto.

Bem, comer é fácil elas comem as folhas de árvores na altura delas mas beber é mesmo difícil. Mas elas conseguem se abaixar e ajoelhar. Está vendo esses dois ossos compridos da perna. Entre eles tem um joelho, como nós temos. Então elas podem dobrar um pouco as pernas para se abaixar e a boca alcançar a água num riacho ou poça. E elas também podem abrir as pernas da frente e assim abaixar. Mas não é uma posição boa para elas. É muito desajeitado.

Então elas comem só folhas? E bebem muita água? 

Bem, elas não precisam beber muita água porque já tem alguma nas folhas.

A menina olhou para o enorme esqueleto de altura maior que a de uma casa e disse. Eu acho elas muito simpáticas. Devem correr muito com essas pernas. Como fazem para se defender dos leões e leopardos que vivem por lá?

As girafas com suas pernas longas e fortes tem o mais forte coice entre todos os animais. Você sabe o que é coice, não. É quando um animal bate para trás com força usando uma ou as duas patas traseiras. O coice de uma girafa adulta atira longe um leão ou outro felino que chegue mais perto. Eles não se metem com um bando de girafas.

Cada vez gosto mais das girafas, respondeu Celina.

DECLAMAÇÃO DE NATAL - JOSÉ VICENTE J. DE CAMARGO



DECLAMAÇÃO DE NATAL 

JOSÉ VICENTE J. DE CAMARGO


 Queridos amigos do Escreviver,


 Virtualmente abraçado a todos, 
envio meus votos de FELIZ NATAL E VENTUROSO 2021 
acompanhado de uma  declamação:


"Natal e Pandemia"

Sufoquei a tristeza no peito 
Pedi a saudades parar
De querer o abraço apertado
Que neste Natal não vai ter...

Da mente recebo o conselho:

Sois um pequeno grão de areia!
Aprisione a ansiedade que te aflige
E procures na imensidão sideral 
O milagre do beijo dos astros

Desta junção nasce a mais brilhante Estrela
Jamais vista no celeste firmamento 
E a denominam "Natal de Belém"...

A siga e encontrarás o Menino Salvador 
Que acalma a alma 
E traz a todos o amor
Que tanta falta nos faz...

FELIZ NATAL
VICENTE