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A CORAGEM DA DONZELA - Mario Tibiriçá


A CORAGEM DA DONZELA
Mario Tibiriçá

No reinado do rei Don Carlos  Fuentes  y  Morris, como tradicionalmente, aos  favoritos sempre eram concedidas benesses, títulos, terras e castelos.

Don Sebastian Tejada y Lorenzo, Duque de Albuquerque que gozava de amizade próxima de El Rei, pois fora seu ministro competente, solidário, leal e honesto , foi aquinhoado com vastas terras no vale  Verde, lugar de  florestas e abundantes campinas, além do maravilhoso castelo. Pradarias  com linda relva, levavam  passeios às cachoeiras, e  á pequenina aldeia  de súditos  fiéis.

O castelo monumental, com  muralhas seculares, ponte levadiça, seteiras, torres e  portões fortificados, cercado pelo tradicional  fosso,  oferecia segurança  total contra malfeitores e eventuais vândalos e sobretudo contra inimigos do rei e do regime.

Dotado de todo o conforto da época, o castelo tinha suas louças e cristais  vindos diretamente do  condado francês  de Sax.

Após a posse, Don Sebastian, promoveu um grande banquete, oferecido  à corte,  quando estariam presentes duques, príncipes, princesas, o arquiduque  da Áustria,  a monarquia  inglesa  e a família  real holandesa.

A homenagem ao rei, levou à família do Duque de Albuquerque,  intensos preparativos e ficou célebre em todo o reino, motivo de risos, vergonha,  e desculpas  à coragem  da filha  primogênita do Duque, que no beija mão ao rei, teve um alfinete de ouro, aberto, que provocou cabelos desgrenhados, lagrimas doloridas, e  soltou  presilhas do corpete, deixando seios a mostra.


Embora chorando, a jovem manteve a dignidade que só membros  de famílias da realeza possuem.


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