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O MISTÉRIO DA ESTRADA - M.luiza de C.Malina


O MISTÉRIO DA ESTRADA                             
M.luiza de C.Malina

Um homem dirigia sozinho numa estrada vicinal. No rádio uma velha canção lhe fazia companhia. O automóvel era velho e cheio de ruídos e falhas. Na estrada apenas a garoa fina para dar movimento naquela noite fria.

De repente uma visão o faz pisar no freio. O carro derrapa. Não vê nada a sua frente. No entanto, tem a sensação de uma moto que lhe atravessara a frente. Isso o perturba, pois nem sequer havia ruído. Questiona-se se adormecera e sonhara.

Esta impressão somada à monotonia da estrada o incomoda. Com a ajuda dos faróis altos, mas não altos, agora absolutamente acordado,  redobra a atenção.

Diminui a velocidade por uns dez quilômetros, e depois decide acelerar antes que, o ruído compassado do gasto limpador de para-brisas o hipnotize.

Outro susto o alerta. Um vulto à beira da estrada abana para ele. A fraca luz mostra o rosto desesperado de uma mulher apontando para a encosta.

Ele, mantendo as luzes acesas, percebe a mulher sentar-se ao chão. Desce às pressas e, a uns passos vê um carro capotado. Fica em atônito, e corre para ajudar. Uma criança no banco de trás adormecida ou morta?! Hesita. Mas ao tocá-la percebe a temperatura quente,  e retira-a. A pessoa ao volante, uma mulher,  está gélida. Apesar disso,  tenta reanimá-la, em vão. A dor o consome. Sobe a encosta com a criança ao colo.

Procura em vão pela mulher que pedira ajuda. Não a encontra.

Redobra sua atenção tentando encontrar a andarilha. Mas, precisa buscar ajuda. Na próxima cidade pede aciona a polícia que encaminha a criança ao hospital. Ela está ilesa.

Os policiais retornam do local do acidente, com a notícia de que a mãe, que estava ao volante,  não resistiu. O homem pergunta da mulher que havia pedido socorro. Estes lhe Informam que não havia mais ninguém.

Mostram-lhe os documentos da mãe falecida. O homem senta-se, estático. Com a expressão fria da morte, deixa cair os documentos, gaguejando:


- Era ela! Deus a tenha!

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