NOSSAS FILHOTAS IMAGINÁRIAS
Suzana da Cunha Lima
Um sábado lindo, de sol – pensei eu, olhando pela janela - Acho que papai vai nos levar à praia. Vou acordar Chris para ir se arrumando logo, porque ele não gosta de esperar.
-Vamos, mana. Põe logo seu maiô, papai já está tomando café. Deixa de ser dorminhoca.
- Vamos levar as crianças? Ainda estão dormindo...
- Já acordei Isicra. Acorda a tua também, elas adoram a praia.
- Vamos Isacra, acorda logo, olhe aqui seu maiô. Vai se arrumando enquanto eu coloco o meu. – dizia minha irmã, ainda bocejando.
-Não sei colocar direito, mami. - choramingava a filha dela, tão diferente da minha... A gente se arrumava em três tempos, ainda mais quando era para ir à praia.
Fui ajudar e, todas prontas descemos para comer nosso mingau com broa de milho.
- Ah, as meninas estão prontas? Comenta meu pai, distraído, lendo o jornal. - Muito bem... Deixe eu acabar meu cafezinho e já vamos. Suas irmãs não querem ir, vamos só nós.
Engulimos nosso mingau, pegamos os baldinhos e as pás e nos acomodamos no carro de papai.
Que praia... o mar mansinho, nossas filhotas entraram corajosas, tivemos que puxá-las para o raso.
- Vem para cá, Isicra – ralhei com a minha filhota - pra lá é muito fundo para você. Você é pequenininha ainda.- coloquei-a sentadinha na areia e dei um mergulho gostoso. Quando olhei, lá estava Isacra debaixo das ondas. - Chris, olha tua filha, a onda pegou ela! – eu corri na frente e puxei Isacra, já roxinha. – puxa vida, Chris, você não sabe tomar conta de sua filha heim? Temos que fazer um boca a boca.
- Ah, é minha filha, deixa que eu faço. Pronto, já está respirando direito. Vamos brincar de castelinho aqui, é mais calmo.
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