Ela.
Maria Luíza de Camargo Malina.
Ela
caminhava no seu devagar, flutuando pelos ares, arrancando suspiros por quem
tivesse a felicidade de cruzar neste exato momento de seu leve e perfumado
flutuar.
Maria
não era assim, era apenas um fardo pesado a se arrastar vagarosamente dentro de
si mesma, junto a essa lentidão de mal
querer que impregnava seu coração ferido com a dor da descoberta certificada de
um mal entendido que persistia em acompanha-la sem qualquer pudor ou piedade.
Ela
vivia de uma forma de ver e ser vista, talvez, se amasse a si própria e isto lhe bastava. Não se
preocupava, estava triste demais para pensar em uma possível vingança e,
costumava dizer que era apenas uma inveja branca (!!!)
Neste
seu rastejar torturante de menina perdida em meio a selva, consegue olhar-se no
espelho e, um sorriso se abriu em seu rosto iluminando novamente o seu caminhar
no seu devagar.
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