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CONTO COLETIVO

CONTO COLETIVO: Título ainda a ser desenvolvido no final da história. 

 À noite reluzia com os olhos claros e maquiados da vedete Laiza, elegantemente, postada à esquerda do escuro palco esfumaçado, onde apenas uma singela luz branca a identificava. Seus dedos lânguidos deslizavam apetitosos pela pele clara indo tocar os lábios vermelhos que em silencio aguardavam a deixa para começar sua tão elaborada interpretação de “Me Deixas Louca”. A casa estava lotada, nenhum ruído era ouvido, todos à espera da voz rouca e sensual da mulher mais desejada do Rio de Janeiro. 

Tantos homens a assediavam, tanto dinheiro lhe era oferecido. E com todos ela se deitava. Desejada por políticos, cantores, atores, turistas e qualquer um, Laiza não era mulher de homem fixo. Era apaixonada pela novidade, pelo bolso cheio, pela conta bancária recheada, pela oportunidade. Uma grande mulher de negócios! – Era assim que a qualificavam no Cabaret Best Night Club. Esperta, era tida como a raposa da noite carioca. 

A dançarina fez a vida nos palcos do mundo. Já trabalhou em Paris, Buenos Aires, em outros países onde ganhou muito dinheiro. Agora no Rio há mais de cinco anos, é proprietária do Cabaret Best Night Club, onde se apresenta com o principal número de palco. 

Seu currículo foi sempre de muito trabalho. Quase não se conhecem particularidades de sua vida, pois todos os seus dias são dedicados ao palco e à administração de casa noturna. 

Mas, um tenebroso segredo era guardado atrás desse olhar tão enigmático. Um bárbaro crime de assassinato praticado por suas tão delicadas mãos, de maneira fria e perversa. 

Uma noite de casa lotada enquanto uma nova dançarina se apresentava, Laiza encostou-se no balcão do bar para aprecia-la de longe. A escuridão do lugar tornava a visão turva e quase impossível distinguir as pessoas que estavam na plateia, era assim que a casa atraia seus clientes, com muita discrição. Foi quando uma voz masculina, bem perto do ouvido de Laiza sussurrou: “Eu sei o que você fez, e vou provar”. Ela voltou-se assustada, sem conseguir definir quem dentre tantos homens teria dito aquilo. Acendam as luzes! – ordenou ela. E tentando parecer calma rodou os olhos em todas as direções. Não havia nenhum cliente que ela já tenha visto na casa. Disfarçou: E então o que acham de nossa caloura. Fica ou vai embora? – perguntou em voz alta de onde estava. Ouviu um uníssono “fica”. Ela sorriu artisticamente: Continue, meu bem! 


ATENÇÃO PARTICIPANTES DA OFICINA ESCREVIVER DO CLUBE ALTO DOS PINHEIROS

1. Criar uma sequência para esta história, e enviar para Ana Maria.
2. Tamanho: um parágrafo de no máximo 10 linhas. 
3. Não finalize a história agora, pois a continuaremos por muito tempo, muitas vezes, até que vocês criarão desfecho. 
4. Vamos tentar levar este CONTO COLETIVO até setembro/2013, quando só então o finalizaremos. 
Estou aguardando sua contribuição com esta história.



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