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Pronomes: 4 regras práticas


João Bolognesi ensina como não escorregar na colocação pronominal

O assunto colocação pronominal provoca muita divergência entre os usuários lusitanos e os nacionais, pois o uso daqui já não se faz mais como o de lá. A teoria sobre o tema pode ser vista ou como uma epopeia ou como um haicai, mas ao usuário só cabe uma preocupação: evitar os erros universais.

Os pronomes são os átonos me, te, se, o, a, os, as, lhe, lhes, nos, vos. Eles sempre estão vinculados a um verbo e, de acordo com a posição, recebem a seguinte classificação:


Próclise (antes do verbo): A pessoa não se feriu.
Ênclise (depois do verbo): A pessoa feriu-se.
Mesóclise (no meio do verbo): A pessoa ferir-se-á.


1.    Não iniciar período com pronome átono

Quando o verbo está abrindo um período, os pronomes átonos não podem ser colocados antes do verbo. Com isso, a próclise é proibida, será feito uso da mesóclise ou da ênclise.

Exemplos: Diga-me toda a verdade. Recomenda-se cautela. Pedir-se-á silêncio.
     

2.   Respeitar as palavras atrativas

Há palavras e expressões que exigem que o pronome seja colocado antes do verbo. Nasce, assim, o uso obrigatório da próclise graças às palavras atrativas (confira a lista de palavras atrativas ao final do texto).

Exemplos: Não se faz isso. Aqui se canta, lá se chora. Sei que se alcançará o resultado desejado.

3.   Não colocar pronomes átonos após o particípio

O correto é analisar cada situação para observar o lugar adequado, mas nunca após o particípio.

Exemplos: Tínhamos nos referido ao caso certo. Havia-me pedido algo impossível. Tinham se queixado ao guarda.

4.  Não colocar pronomes átonos após verbos conjugados no futuro do indicativo

A depender do caso, caberá a mesóclise ou a próclise, mas nunca após o futuro do indicativo.

Exemplos: Não se queixará novamente disso. Ver-se-á o valor novamente. Sabemos que se reverterá a situação.

Detalhe

Na língua portuguesa, a palavra “se” pode ser conjunção ou pronome átono e há situações em que ambos podem muito corretamente aparecer na mesma construção, cada um exercendo seu papel.

Exemplos: Ele não sabia se se queixava comigo ou com você. Tudo ficará melhor se se dispuserem a ajudar. A mulher não conseguiu pensar se se mantinha calada ou gritava.

Lista das palavras atrativas

a) palavras com sentido negativo: não, nunca, jamais, ninguém, nada, nenhum, nem, etc. Exemplo: Nunca se meta em confusões.

b) advérbios (sem vírgula): aqui, ali, só, também, bem, mal, hoje, amanhã, ontem, já, nunca, jamais, apenas, tão, talvez, etc. Exemplo: Ontem a vi na aula. Com a vírgula, cessa a atração: Ontem, vi-a na aula. Aqui, trabalha-se muito.

c) pronomes indefinidos: todo, tudo, alguém, ninguém, algum, etc. Exemplo: Tudo se tornou esclarecido para nós.

d) pronomes ou advérbios interrogativos (o uso destas palavras no início da oração interrogativa atrai o pronome para antes do verbo): O que ? Quem ? Por que ? Quando ? Onde ? Como ? Quanto ? Exemplo: Quem a vestiu assim?

e) pronomes relativos: que, o qual, quem, cujo, onde, quanto, quando, como. Exemplo: Havia duas ideias que se tornaram importantes.

f) conjunções subordinativas: que, uma vez que, já que, embora, ainda que, desde que, posto que, caso, contanto que, conforme, quando, depois que, sempre que, para que, a fim de que, à proporção que, à medida que, etc. Exemplo: Já era tarde quando se notou o problema.

g) em + gerúndio: deve-se usar o pronome entre “em” e o gerúndio. Exemplo: Em se tratando de corrupção, o Brasil tem experiência.

Dicas de João Bolognesi, professor de português do Complexo Educacional Damásio de Jesus






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Hífen
1) Usa-se diante de palavra iniciada por h.
ante-histórico
anti-higiênico
proto-história
sobre-humano
Exceto: subumano
2) Usa-se sempre hífen com o prefixo vice.
vice-presidente
vice-rei
3) Usa-se o hífen quando o segundo elemento começar com a mesma vogal que termina o primeiro.
anti-imperialista
contra-ataque
micro-ondas
semi-interno
4) Usa-se o hífen quando o segundo elemento começar pela mesma consoante que termina o primeiro.
inter-racial
inter-regional
super-requintado
5) Usa-se o hífen com o prefixo sub com o segundo elemento iniciado por r.
sub-região
6) Usa-se o hífen com os prefixos circum e pan com o segundo elemento iniciado por m, n e vogal.
circum-navegação
pan-americano
7) Usa-se sempre o hífen nos prefixos além, aquém, ex, pós, pré, pró, recém e sem.
além-mar
ex-aluno
pós-graduação
pré-vestibular
recém-nascido
8) Usa-se sempre o hífen nos sufixos de origem tupi-guarani: açu, guaçu, mirim
capim-açu
9) Usa-se o hífen para encadear palavras que originalmente não formam vocábulos:
eixo Norte-Sul
10) Usa-se o hífen repetido ao final da linha.
O passeio da vice-
-diretoria foi adiado.

Por favor, diga-
-nos logo o que aconteceu.
11) Não se usa hífen quando o prefixo termina em vogal diferente da vogal do segundo elemento:
aeroespacial
coautor
infraestrutura
semianalfabeto
Exceto: coordenar, cooperação, cooptar etc.
12) Não se usa hífen quando o prefixo termina em vogal e começa com consoante no segundo elemento.
anteprojeto
coprodução
semicírculo
13) Mesma regra anterior, mas ao começar com r ou s duplicam-se essas letras.
antirrábico
antirreligioso
antissocial
cosseno
infrassom
microssistema
minissaia
multissecular
ultrarresistente
14) Não se usa o hífen quando o prefixo termina em consoante e o segundo elemento começa em vogal.
hiperativo
interescolar
superamigo
superaquecimento
supereconômico
15) Não se usa hífen em palavras que perderam a composição inicial.

girassol
mandachuva
paraquedas
pontapé



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Conjugações verbais: verbo Crer
Indicativo:
·    Presente: creio, crês, crê, cremos, credes, creem
·    Pretérito perfeito: cri, creste, creu, cremos, crestes, creram
Subjuntivo:
·    Presente: creia, creias, creia, creiamos, creiais, creiam
·    Pretérito imperfeito: cresse, cresses, cresse, crêssemos, crêsseis, cressem
·    Futuro: crer, creres, crer, crermos, crerdes, crerem
Imperativo:
·    Afirmativo: crê, creia, creiamos, creiais, crede, creiam
Formas Nominais:
·    Infinitivo impessoal: crer
·    Infinitivo pessoal: crer, creres, crer, crermos, crerdes, crerem
·    Gerúndio: crendo
·    Particípio: crido


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Conjugações verbais: verbo Caber
Indicativo:
·    Presente: caibo, cabes, cabe, cabemos, cabeis, cabem
·    Pretérito perfeito: coube, coubeste, coube, coubemos, coubestes, couberam
·    Pretérito mais-que-perfeito: coubera, couberas, coubera, coubéramos, coubéreis, couberam
Subjuntivo:
·    Presente: caiba, caibas, caiba, caibamos, caibais, caibam
·    Pretérito imperfeito: coubesse, coubesses, coubesse, coubéssemos, coubésseis, coubessem
·    Futuro: couber, couberes, couber, coubermos, couberdes, couberem
Formas Nominais:
·    Gerúndio: cabendo
·    Particípio: cabido


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Conjugações verbais: verbo Rir
Indicativo:
·    Presente: rio, ris, ri, rimos, rides, riem
Subjuntivo:
·    Presente: ria, rias, ria, riamos, riais, riam
Imperativo:
·    Afirmativo: ri, ria, riamos, ride, riam
·    Negativo: não rias, não ria, não riamos, não riais, não riam
Os demais tempos são regulares
Igual conjugação: sorrir


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Conjugações verbais: verbo Intervir
Indicativo:
·    Presente: intervenho, intervéns, intervém, intervimos, intervindes, intervêm
·    Pretérito imperfeito: intervinha, intervinhas, intervinha, intervínhamos, intervínheis, intervinham
·    Pretérito perfeito: intervim, intervieste, interveio, interviemos, interviestes, intervieram
·    Pretérito mais-que-perfeito: interviera, intervieras, interviera, interviéramos, intervieram
·    Futuro do Presente: intervirei, intervirás, intervirá, interviremos, intervireis, intervirão
·    Futuro do Pretérito: interviria, intervirias, interviria, interviríamos, interviríeis, interviriam
Subjuntivo:
·    Presente: intervenha, intervenhas, intervenha, intervenhamos, intervenhais, intervenham
·    Pretérito imperfeito: interviesse, interviesses, interviesse, interviéssemos, interviésseis, interviessem
·    Futuro: intervier, intervieres, intervier, interviermos, intervierdes, intervierem
Imperativo:
·    Afirmativo: intervém, intervenha, intervenhamos, intervinde, intervenham
·    Negativo: não intervenhas, não intervenha, não intervenhamos, não intervenhais, não intervenham
Formas Nominais:
·    Infinitivo impessoal: intervir
·    Infinitivo pessoal: intervir, intervires, intervir, intervirmos, intervirdes, intervirem
·    Gerúndio: intervindo
·    Particípio: intervindo
Igual conjugação: vir, intervir: advir, convir, desavir, provir, sobrevir



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Conjugações verbais: verbo Aderir
Indicativo:
·    Presente: adiro, adires, adere, aderimos, aderis, aderem
·    Pretérito imperfeito: aderia, aderias, aderia, aderíamos, aderíeis, aderiam
·    Pretérito perfeito: aderi, aderiste, aderiu, aderimos, aderistes, aderiram
·    Pretérito mais-que-perfeito: aderira, aderiras, aderira, aderíramos, aderíreis, aderiram
·    Futuro do Presente: aderirei, aderirás, aderirá, aderiremos, aderireis, aderirão
·    Futuro do Pretérito: aderiria, aderirias, aderiria, aderiríamos, aderiríeis, adeririam
Subjuntivo:
·    Presente: adira, adiras, adira, adiramos, adirais, adiram
·    Pretérito imperfeito: aderisse, aderisses, aderisse, aderíssemos, aderísseis, aderissem,
·    Futuro: aderir, aderires, aderir, aderirmos, aderirdes, aderirem
Imperativo:
·    Afirmativo: - , adere tu, adira você, adiramos nós, aderi vós, adiram vocês
·    Negativo: - , não adiras tu, não adira você, não adiramos nós, não adirais vós, não adiram vocês
Formas Nominais:
·    Infinitivo impessoal: aderir
·    Infinitivo pessoal: aderir, aderires, aderir, aderirmos, aderirdes, aderirem
·    Gerúndio: aderindo
·    Particípio: aderido


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Conjugações verbais: verbo Precaver
Indicativo:
·    Presente: precavemos, precaveis (neste modo só possui a 1ª e 2ª pessoa do plural)
·    Pretérito imperfeito: precavia, precavias, precavia, precavíamos, precavíeis, precaviam
·    Pretérito perfeito: precavi, precaveste, precaveu, precavemos, precavestes, precaveram
Subjuntivo:
·    Presente: não possui
·    Pretérito imperfeito: precavesse, precavesses, precavesse, precavéssemos, precavésseis, precavessem
·    Futuro: precaver, precaveres, precaver, precavermos, precaverdes, precaverem
Imperativo:
·    precavei (única pessoa)
Formas Nominais:
·    Infinitivo impessoal: precaver
·    Infinitivo pessoal: precaver, precaveres, precaver, precavermos, precaverdes, precaverem
·    Gerúndio: precavendo

·    Particípio: precavido

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Conjugações verbais: verbo Valer
Indicativo:
·    Presente: valho, vales, vale, valemos, valeis, valem
Subjuntivo:
·    Presente: valha, valhas, valhamos, valhais, valham
Imperativo:
·    Afirmativo: vale, valha, valhamos, valei, valham
·    Negativo: não valhas, não valha, não valhamos, não valhais, não valham
Formas Nominais:
·    Infinitivo impessoal: valer
·    Infinitivo pessoal: valer, valeres, valer, valermos, valerdes, valerem
·    Gerúndio: valendo
·    Particípio: valido
Os demais tempos são regulares
Igual conjugação: desvaler, equivaler



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Plural
Plural de Latinismo
·    addendum - adenda
·    curriculum - curricula
·    campus - campi
·    corpus - corpora
·    memorandum - memoranda
·    quantum - quanta
Palavras só existentes no plural:
·    afazeres
·    alvíssaras
·    anais
·    arredores
·    avós (antepassados)
·    belas-artes
·    belas-letras
·    confins
·    endoenças
·    exéquias
·    férias
·    núpcias
·    trevas
·    víveres
os naipes: copas, espadas, ouros, paus
Plural com mudança do acento tônico:
·    caráter - caracteres
·    espécimen - especímenes
·    júnior - juniores
·    sênior - seniores
Plural múltiplo:
·    aldeão - aldeãos, aldeões, aldeães
·    ancião - anciãos, anciões, anciães
·    charlatão - charlatões, charlatães
·    corrimão - corrimãos, corrimões
·    cortesão - cortesãos, cortesões
·    deão - deãos, deões, deães
·    ermitão - ermitãos, ermitões, ermitães
·    guardião - guardiões, guardiães
·    refrão - refrãos, refrães
·    sacristão - sacristãos, sacristães
·    truão - truões, truães
·    vilão - vilãos, vilões, vilães
·    vulcão - vulcãos, vulcões
mel - meles, méis
Plural de palavras compostas:
·    abaixa-voz - abaixa-vozes
·    abaixo-assinado - abaixo-assinados
·    aço-liga - aços-liga
·    água-marinha - águas-marinhas
·    alto-falante - alto-falantes
·    amor-perfeito - amores-perfeitos
·    ar-condicionado - ares-condicionados
·    ave-maria - ave-marias
·    banana-prata - bananas-prata
·    bate-boca - bate-bocas
·    beija-flor - beija-flores
·    bel-prazer - bel-prazeres
·    bem-te-vi - bem-te-vis
·    busca-fundo - busca-fundos
·    busca-pé - busca-pés
·    cabra-cega - cabras-cegas
·    carta-bilhete - cartas-bilhetes
·    cavalo-vapor - cavalos-vapor
·    chapéu-de-sol - chapéus-de-sol
·    co-participante - co-participantes
·    corre-corre - corres-corres; corre-corres
·    decreto-lei - decretos-lei
·    ex-diretor - ex-diretores
·    ferro-de-abrir-lata - ferros-de-abrir-lata
·    fruta-pão - frutas-pão; frutas-pães
·    furta-cor - furta-cores
·    gentil-homem - gentis-homens
·    grã-cruz - grã-cruzes
·    grão-duque - grão-duques
·    grão-prior - grão-priores
·    guarda-chuva - guarda-chuvas
·    guarda-civil - guardas-civis
·    guarda-marinha - guardas-marinha; guardas-marinhas
·    guarda-mor - guardas-mores
·    guarda-roupa - guarda-roupas
·    joão-de-barro - joões-de-barro
·    latino-americano - latino-americanos
·    latino-clássico - latino-clássicos
·    lugar-comum - lugares-comuns
·    lugar-tenente - lugar-tenentes
·    luso-brasileiro - luso-brasileiros
·    mãe-joana - mãe-joanas; mães-joanas
·    manga-espada - mangas-espada
·    meio-dia - meios-dias
·    meio-feriado - meios-feriados
·    meio-fio - meios-fios
·    meio-grosso - meio-grossos
·    meio-largo - meio-largos
·    meio-soprano - meios-sopranos
·    meio-termo - meios-termos (também é sinônimo)
·    meio-tijolo - meios-tijolos
·    meio-tom - meios-tons
·    meio-voo - meios-voos
·    mula-sem-cabeça - mulas-sem-cabeça
·    não-agressão - não-agressões
·    não-linear -não-lineares
·    navio-escola - navios-escola
·    neo-realista - neo-realistas
·    norte-americano - norte-americanos
·    obra-prima - obras-primas
·    padre-nosso - padres-nossos; padre-nossos
·    pan-americano - pan-americanos
·    pão-de-ló - pães-de-ló
·    pé-de-cabra - pés-de-cabra
·    pé-de-moleque - pés-de-moleque
·    peixe-boi - peixes-boi
·    peixe- espada - peixes- espada
·    peroba-do-campo - perobas-do-campo
·    porta-objeto - porta-objetos
·    reco-reco - reco-recos
·    ruge-ruge - ruges-ruges; ruge-ruges
·    salário-família - salários-família
·    salvo-conduto - salvos-condutos; salvo-condutos
·    sempre-viva - sempre-vivas
·    sub-reitoria - sub-reitorias
·    sub-reptício - sub-reptícios
·    tenente-coronel - tenentes-coronéis
·    terça-feira - terças-feiras
·    tique-taque - tique-taques
·    vice-presidente - vice-presidentes
·    vice-rei - vice-reis
·    vitória-régia - vitórias-régias
coisa-à-toa - coisas-à-toa
coisa-em-si - coisas-em-si
Plural de palavras compostas com artigos:
·    o bumba-meu-boi - os bumba-meu-boi
·    o cola-tudo - os cola-tudo
·    o disse-me-disse - os disse-me-disse
·    o faz-tudo - os faz-tudo
·    o ganha-pouco - os ganha-pouco
·    o leva-e-traz - os leva-e-traz
·    o pisa-mansinho - os pisa-mansinho
·    o vai-volta - os vai-volta
(site revisões&revisões)




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DAQUI A UMA SEMANA ou DAQUI HÁ UMA SEMANA?

É simples.

Quando nos referimos a futuro, usamos a preposição a. 

Portanto, a primeira frase é a correta.
Outro exemplo:

O presidente chegará daqui a uma se
mana.

Já o verbo haver, quando se refere a tempo, indica passado. Pode ser substituído por faz.

Exemplos:

Ele esteve aqui há uma semana. Faz uma semana que ele esteve aqui.

Como já sabemos, outra situação em que se utiliza o verbo haver é no sentido de existir.

Há muita gente na sala. Havia muitos convidados na festa.
Não há nada entre mim e você.

Esses casos, atenção: nada de plural.

Na sala havia muitos alunos. CERTO

Na sala haviam muitos alunos. ERRADÍSSIMO

Cuidado:

A preposição a é também utilizada em frases que indiquem distanciamento no tempo e no espaço:

  • A cinco minutos do final do jogo, o juiz passou mal. (Faltavam cinco minutos para o final do jogo)
  • O homem foi atacado a poucos metros da delegacia.
  • Cobraram a duplicata a trinta dias do seu vencimento.






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FAZEM DEZ ANOS ou FAZ DEZ ANOS?

O certo é FAZ DEZ ANOS. 

O verbo fazer indicando tempo decorrido ou temperatura deve ser usado no singular. Se houver verbo auxiliar, este ficará também no singular.
Exemplos:

Fazem dez anos que não te vejo. ERRADO

Faz dez anos que não te vejo. CERTO

No verão, fazem 42º no Rio. ERRADO

No verão, faz 42º no Rio. CERTO

Devem fazer vinte anos que ele morreu. ERRADO

Deve fazer vinte anos que ele morreu. CERTO




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SE VOCÊ A VER ou SE VOCÊ A VIR?

O correto é SE VOCÊ A VIR.

Nesse caso, devemos observar a conjugação do verbo VER no futuro do subjuntivo:

Se eu vir...
Se vires...
Se ele vir...

E é preciso ter muito cuidado com o verbo VIR (é muito comum a confusão com o verbo VER):

Seu eu vir... ERRADO
Se eu vier... CERTO

É cada vez mais comum essa na falha nesse tipo de construção:

Se eu dizer... ERRADO

Se eu disser... CERTO

Quando eu fazer... ERRADO

Quando eu fizer... CERTO

Se eu propor... ERRADO

Se eu propuser ... CERTO



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ESTRAMBÓLICO ou ESTRAMBÓTICO? 

É estrambótico. 

E o que significa? 
Extravagante


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ABDOME ou ABDÔMEN?

 As duas estão corretas. 

Cuidado é com o plural de abdômen: é abdomens, SEM ACENTO. 


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DESINTERIA ou DISENTERIA? 

É disenteria. 

É uma palavra formada por DIS (prefixo que significa dificuldade) e ENTER (radical que significa intestino). 



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QUAL É O CORRETO: O CHAMPANHA OU A CHAMPANHA? 

É o champanha. Afinal,  champanha é um vinho. 
Champanha francês, champanha brasileiro.



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JOSÉ ESTÁ AO PAR DO ASSUNTO ou JOSÉ ESTÁ A PAR DO ASSUNTO? 

O correto é a segunda forma: José está a par do assunto. 

Guarde muito bem: 

A PAR DE = estar ciente de 
AO PAR = equivalente. Título ou moeda de valor idêntico: câmbio ao par. 



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QUANDO SE USA MESMO? 

Bem, é muito fácil:
 • Como palavra de realce, acompanhando um substantivo ou pronome. 
Exemplo: 
Os meninos mesmos fizeram seus brinquedos. 
As mulheres levaram os filhos consigo mesmas. 

Como você viu, a concordância é perfeita: os meninos mesmos, as mulheres mesmas. Mesmo, neste caso, é sinônimo de PRÓPRIO. Os próprios meninos fizeram seus brinquedos. 

• Como palavra invariável: com o significado de ATÉ: 

Ela chegou MESMO a reclamar com o professor. 

A torcida chegou MESMO a invadir o campo. 

com o significado de REALMENTE, DE FATO: 

A casa está MESMO abandonada. 

Esses alunos são MESMO inteligentes. 


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ESTE, ESTA, ESSE, ESSA 

Como utilizar corretamente este (esta) e esse (essa)? 

É simples: usamos ESTE para indicar tudo aquilo que nos abrange fisicamente. ESTE, por outro lado, é utilizado para indicar algo fora de nosso domínio. 

Vamos a alguns exemplos: 

• ESTA cidade é violentíssima. (Eu moro no Rio; a palavra ESTA se refere à cidade em que moro.)  Se eu disser “ESSA cidade é violentíssima”, estarei me referindo a uma outra cidade qualquer. São Paulo, por exemplo. 

• ESTA Universidade irá promover... Usamos ESTA porque estamos nos referindo à instituição em que trabalhamos ou estudamos. 

• Estamos enviando a ESSA Universidade... Neste caso, usamos ESSA porque estamos nos referindo a uma outra instituição. Resumindo: 

• ESTE caderno – o caderno está pertinho de mim (eu estou falando).

 • ESSE caderno – o caderno está pertinho de uma segunda pessoa (o ouvinte). 


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O VERBO IMPLICAR 
Quando significa fazer supor, dar a entender, produzir como conseqüência, não se usa com preposição. 

Exemplo: 
Para muitos, fazer regime implica sacrifícios. 
É errado falar implica em sacrifícios. 

Quando significa envolver-se, enredar-se, antipatizar ou provocar irritação, usa-se com preposição. 

Exemplo: 
Ele está implicado no escândalo. 
Ele implica sempre com a mocinha. 


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ELE INTERVIU NA BRIGA ou ELE INTERVEIO NA BRIGA? 
O certo é ele interveio. 

Quer saber por quê? 

Porque o verbo intervir é derivado de vir. Verbo vir (pretérito perfeito) 
Eu vim 
Tu vieste 
Ele veio 
Nós viemos 
Vós viestes 
Eles vieram 

Verbo intervir (pretérito perfeito) 
Eu intervim 
Tu intervieste 
Ele interveio 
Nós interviemos 
Vós interviestes 
Eles intervieram


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APÓSTROFO OU APÓSTROFE?

Parônimo é o nome dado àqueles vocábulos semelhantes na escrita e na pronúncia. É o que acontece, por  exemplo, com acidente (desastre) e incidente (inesperado); apóstrofo e apóstrofe. 

Apóstrofo (‘) é sinal usado  na escrita que assinala a supressão de  um fonema – geralmente uma  vogal. Exemplo:

- Minh’alma ainda chora sua ausência.

- Que espr’nça ainda posso ter?

Apóstrofe é  uma figura de pensamento. Consiste na "invocação" de alguém ou de alguma coisa personificada. Caracteriza-se pelo chamamento do receptor da mensagem, seja ele imaginário ou não. A introdução da apóstrofe interrompe a linha de pensamento do discurso, destacando-se assim a entidade a que se dirige e a ideia que se pretende pôr em evidência com tal invocação.  Realiza-se por meio do vocativo. Exemplos.  Exemplo:

"Pai Nosso, que estais no céu..."

“Oh, Suzana, não chores por mim...”

Senhor, o deseja parado à minha porta?


Atenção!
Não confundir apóstrofe com apóstrofo. Apóstrofe é uma figura de linguagem,  e apóstrofo é um sinal gráfico auxiliar de escrita que indica a supressão de fonemas em palavras, como em: copo-d'água, pau-d'óleo.



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DIZER OU FALAR?

Há diferença entre os sentidos dos verbos “falar” e “dizer”, e é bom que conheçam para melhor aplica-los.

Falar - significa o ato de exprimir oralmente as palavras.

Dizer - é a transmissão de uma informação, pronunciar-se sobre algo, comunicar oralmente ou por escrito. Você é capaz de se lembrar da frase irônica: Ela, fala, fala, e não diz nada.

Quando o personagem entra em diálogo direto, ele está dizendo algo, e não falando. E no momento em que ele está se pronunciando, pode-se ouvir sua fala.

Então, o seu personagem DIZ, e não fala.
O que ele pronuncia através da voz, é a FALA.

Exemplo 1:
— Eu não bebo! – disse Maria para a Rita que lhe oferecia uma dose. Enquanto isso a colega falava a esmo depois de ter ingerido 2 copos da bebida.

Exemplo 2:
Pela manhã Valter disse que, na madrugada,  ouviu  falas ao longe vindas da rua.

Exemplo 3:
A fala de Miguel era sempre a mesma: “Eu não sei como ainda estou vivo depois de tudo que passei”. Poucos aturavam-no. Só Marisa o admirava: “Que dó de você, Miguel!” – dizia ela.

Exemplo 4:
Os amigos se encontram repentinamente:
Fala, meu amigo! Há quanto tempo! – disse Raimundo abrindo os braços para Guigo.
— Não sabia que tinha voltado, cara! – disse feliz ao amigo.

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ETAPAS DE UM CONTO

1˚introdução --- conflito ou dilema --- CLÍMAX ---- Desfecho positivo ou desfecho negativo



Este é um diagrama de uma história. Ele mostra todas as fases de um conto: Introdução, apresentação, conflito e desfecho.

1˚) A primeira fase vai tratar da introdução, apresentação do cenário, dos personagens e situar o fato no tempo.   É o momento em que a história e o personagem mantêm uma situação de equilíbrio. O leitor vai conhecer os integrantes através do narrador presente ou ausente. Além disso, no interior da primeira parte o autor discorre sobre o tema que levará o personagem ao dilema.

2˚) No meio da história surge o conflito/dilema, que vai desviar ou atrapalhar o personagem em seu caminho. Nesta fase o autor aponta o problema que causará uma “ruptura” da situação. Alguns o chamam de obstáculo. É o conflito que vai, então, desencadear a  AÇÃO da história. Não há história sem conflito.

3˚) No decorrer do conflito o autor leva o texto para o CLIMAX (do CONFLITO). É aquele momento de maior tensão da história, e vem antes do desfecho. É este momento, o mais esperado pelo leitor.

4˚) Depois, o texto é levado ao desfecho, ou resolução do conflito a que foi submetido o personagem. Esse desfecho pode ser positivo, onde “todos vivem felizes para sempre”. Ou, negativo, que pode mudar o sentido da história ou do personagem.


Todas essas fases são de extrema importância para o desenvolvimento do conto. Pense nisso.


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MAU OU MAL?

Em primeiro lugar, devemos deixar bem claro que as duas formas existem, mau com “u” e mal com “l”. Apesar de serem foneticamente idênticas, semanticamente são bem diferentes, o que facilita na hora de escolher a grafia correta. Para usarmos corretamente essas duas palavrinhas-problema, basta fazer a oposição entre seus antônimos. Observe:
Mal é advérbio, antônimo de bem.
Mau é um adjetivo, antônimo de bom.

Exemplos:
Os governantes fizeram mau uso do dinheiro público. (mau ≠ bom)
O aluno foi embora porque estava sentindo-se mal. (mal ≠ bem)


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DE TRÁS OU DETRÁS?


De trás e detrás, apesar das semelhanças gráficas e sonoras, divergem quanto ao significado.

De trás e detrás... estamos diante daqueles “famosos” pares de vocábulos que nos surpreendem ao apresentarem características semelhantes, na grafia, ou som.

DE TRÁS
A expressão “de trás” representa uma locução adverbial designativa de lugar e/ou espaço, a qual faz referência à “de onde”, com verbos expressando sempre movimento. Perceba os exemplos:
O objeto foi retirado de trás do armário. (de onde o objeto foi retirado?)
Ela saiu de trás da porta. (de onde ela saiu?)
As crianças surgiram de trás dos brinquedos antigos. (de onde as crianças surgiram?)

DETRÁS
Já o vocábulo “detrás” se classifica como um advérbio, fazendo referência a “lugar onde”, representando o sinônimo de “atrás”. Constatemos, pois, alguns exemplos:
O garoto se escondeu detrás da porta. (onde o garoto se escondeu?)
As crianças devem viajar no banco detrás. (onde as crianças devem viajar?)
O motociclista bateu na parte detrás do carro. (onde o motociclista bateu?)



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POR HORA ou POR ORA?


Hora - com h - é um intervalo de 60 minutos:

Os empregados recebem por hora de trabalho.
Aqui passam 203 automóveis por hora.

Enquanto ora equivale a agora ou neste momento. É a forma ora que integra a expressão por ora, equivalente a por enquanto: Por ora todos os atores estão aprovados.

Ora é gentil, ora é rude. Seu comportamento varia muito. – Nesta frase, “ora” tem valor de conjunção. Trata-se do par correlativo ora... ora, que indica alternância.

E ainda como  interjeição, pode aparecer em frases do tipo:

Ora, não me venha com essa!


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Embaixo ou em baixo?



O gato está embaixo da mesa (função de lugar)
Continuarei falando em baixo tom de voz. (função de adjetivo)

EMBAIXO

Embaixo, escrito de forma junta, é um advérbio de lugar que transmite uma ideia de algo que está em lugar inferior a outro: abaixo, debaixo, inferiormente, ou seja, numa posição de inferioridade. É muito utilizada na locução adverbial embaixo de.

Exemplos:
•         A chave está embaixo do tapete.
•         Olhando de cima, tudo parece pequeno lá embaixo.

O contrário de embaixo é em cima.

EM BAIXO

Em baixo, escrito de forma separada, é usado quando a palavra baixo atua como um adjetivo, caracterizando um substantivo.

Exemplos:

•         O friso foi construído em baixo relevo.
•         Eles estão falando em baixo tom de voz.


Antônimo de baixo = alto

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AFIM ou A FIM?


AFIM = é um adjetivo e significa igual, semelhante, parecido:

Suas ideias são afins.
Possuem temperamentos afins; por isso se relacionam tão bem.

A FIM  =  faz parte da locução "a fim de", que significa para, com o propósito, com o intuito e indica finalidade:

Fez tudo aquilo a fim de nos convencer de sua inocência.
Apresentou-nos todas as propostas de pagamento a fim de vender os produtos.


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ENCIMA OU EM CIMA?

Em cima, escrito de forma separada, transmite a ideia de que algo está em um lugar mais alto de que outro, ou seja, numa posição mais elevada.

Exemplos:
•         A chave está em cima da mesa.
•         Olhando de baixo, tudo parece assustador lá em cima.

Quando escrever encima?
Encima, escrito de forma junta, é a forma do verbo encimar conjugado na 3.ª pessoa do singular do presente do indicativo ou na 2.ª pessoa do singular do imperativo. Encimar se refere ao ato de colocar ou se situar em cima ou no alto, bem como ao ato de coroar.

Exemplos:
Um chapéu verde encima a cabeça daquela senhora.


Uma flor encima o monte.


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Há ou a?
Tempo e espaço:

Para marcar distanciamento no tempo ou no espaço, usa-se a preposição “a”, não a forma do verbo haver “há”. Esta indica o tempo decorrido, passado, e pode ser substituída pela forma “faz”.
É por isso que dizemos indiferentemente “Há dez anos que não se veem” ou “Faz dez anos que não se veem”.
Se não se tratar de tempo passado, o correto será usar a preposição “a”. É isso o que ocorre em construções como “A dois meses da eleição, o candidato sofreu um acidente” ou “Daqui a dois meses, haverá eleição”. Em ambos os casos, assinala-se não o tempo que já passou, mas um intervalo.
Uma construção como “a dois meses da eleição” exprime um momento anterior à eleição (esta ocorrerá dois meses depois desse momento). Ao dizermos “daqui a dois meses”, estamos estabelecendo um intervalo compreendido entre o ponto de partida e o ponto de chegada (de...a).
É comum haver confusão entre “há” e “a” quando o assunto é tempo. No caso expresso abaixo, porém, a confusão foi mais longe. Veja:
"Só que, nesse dia, por conta de um soluço geológico ocorrido há milhares de quilômetros de distância..."
Aqui temos um caso claro de distância (espacial), em que só caberia usar a preposição. Se se tratasse de um “soluço geológico ocorrido há milhares de anos” (tempo), o verbo “haver” estaria corretamente empregado. A ideia, no entanto, era outra. Tratava-se de um “soluço geológico ocorrido a milhares de quilômetros”(espaço).
Veja, abaixo, a correção:
Só que, nesse dia, por conta de um soluço geológico ocorrido a milhares de quilômetros de distância...




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Onde ou Aonde?

o    Onde

1.   Quanto à classe gramatical, onde pode ser advérbio interrogativo (quando usado para fazer perguntas diretas ou indiretas) ou pronome relativo (quando introduz uma oração adjetiva).

A cidade onde minha filha nasceu é linda. (pronome relativo)
Onde você colocou minha chave? (advérbio interrogativo)

o    Atenção: Quando onde for pronome relativo, poderá ser substituído por “em que”

2 - Quando onde indica lugar, só deve ser utilizado para indicar posição de algo ou de alguém. Portanto, deve ser usado ao lado de verbos que indiquem permanência ou estado. Veja o exemplo:
Onde você esteve até essa hora?
Até hoje não sei onde fica o hotel em que você se hospedou.

o    Aonde

1.   Aonde é um advérbio que, assim como onde, indica lugar. Entretanto, só pode ser utilizado como indicativo de movimento, por isso deve ser usado ao lado de verbos que indiquem esse deslocamento (ir, levar, chegar, dirigir etc.). Acompanhe os exemplos:
2.    
Aonde devo ir para resolver esse problema?

Aonde você pensa que vai?


o    Atenção: Como o verbo morar transmite a ideia de localização, “Aonde” NÃO pode ser usado ao seu lado.

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Por que, porque, por quê ou porquê?

Forma
Emprego
Exemplos
Por que
Em frases interrogativas (diretas e indiretas). Ou quando estiverem presentes (mesmo que não explícitas) as palavras “razão” e “motivo”
Em substituição à expressão "pelo qual" (e suas variações)
Por que ele chorou? (interrogativa direta)
Digam-me por que ele chorou. (interrogativa indireta)
Os bairros por que passamos eram sujos.(por que = pelos quais)
Por quê
No final de frases
Eles estão revoltados por quê?
Ele não veio não sei por quê.
Porque
Em frases afirmativas e em respostas. Corresponde a uma explicação ou causa.
Não fui à festa porque choveu.
Porquê
Como substantivo . Substitui “motivo ou razão”
Todos sabem o porquê de seu medo.

·         Porque (junto) – usado para frases afirmativas (explicativas ou causais);

·         Por que (separado) – em frases interrogativas ou quando pode ser substituído por “pelo qual” e suas variações;

·         Por  quê (separado e com acento) – no final de frase interrogativa.

·         Porquê (junto e com acento) – quando for uma palavra substantivada.

Texto de Clóvis Sanches “Os porquês do porquinho”:
Aconteceu na Grécia!
Era uma vez um jovem porquinho belo e bom, muito pequenino, cuja vida foi dedicada à procura dos porquês da floresta. Tal porquinho, incansável em sua busca, passava o dia percorrendo matas, cavernas e savanas perguntando aos bichos e aos insetos que encontrava pelo caminho todos os tipos de porquês que lhes viessem à cabeça.
- Por que você tem listras pretas se os cavalos não as têm? - perguntava gentilmente o porquinho às zebras.
- Pernas compridas por quê, se outros pássaros não as têm? - indagava às seriemas, de forma perspicaz.
- Por que isso? Por que aquilo?
Era um festival de porquês, dia após dia, ano após ano, sem que ele encontrasse respostas adequadas aos seus questionamentos de porquinho.
Por exemplo, sempre que se deparava com uma abelha trabalhando arduamente, ele perguntava por quê. E a pergunta era sempre a mesma:
- Saberias, por acaso, por que fazes o mel, oh querida abelhinha?
E a abelha, com seus conhecimentos de abelha, sempre respondia assim ao porquê:
- Fabrico o mel porque tenho que alimentar a colmeia.


Mas a resposta das abelhas não o satisfazia, porque eram os ursos os maiores beneficiados com aquela atividade.



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PRONOMES DEMONSTRATIVOS: Onde e como empregá-los:



PRONOME
DEMONSTRATIVO
PESSOA
LUGAR
TEMPO
DISCURSO

Este
Esta
Isto

Designa pessoa ou coisa próxima de quem fala:

Leve este prato para a mesa vinte.

Isto não fica bem em você.

Refere-se ao lugar em que está quem fala:

Esta cidade ainda ouvirá falar de mim!
Este carro já me pertenceu.

Indica um período de tempo presente ou que ainda não terminou:

Este mês as contas vieram mais altas!
Esta noite não vou para casa.

Este é o século da informação.
Casam esta semana.
  1. Identifica, numa oração, o termo mencionado por último:
São dois candidatos: este (José) escreve crônica, e aquele (Gilmar), contista.

  1. Indica algo que será especificado:
Grave este aviso: Para escrever bem, é necessário ler muito.

E isto que sempre pregamos: Ler é fundamental  para melhorar de vida.


Esse
Essa
Isso

Indica pessoa ou coisa que está afastada de quem fala ou próxima de quem ouve:

Essa garota é minha prima.


Esse livro é da nossa biblioteca?

Traga esses livros que estão  com você.
Isso não fica bem em você.


Refere-se ao lugar em que está o ouvinte:

Essa sala de onde fala, é de meu avô.

O que oferece ainda insuficiente para comprar esse imóvel.

Indica um período de tempo passado (próximo ou distante) ou futuro próximo:

Esse último ano morei na França.
Esse século está um tédio!

O mestre estará na cidade por esses dias.

Indica algo  já antes especificado:

É nesse capítulo que estão as fotografias dela.

Disse-lhe que havia tirado dez. Isso a deixou feliz.

Aquele
Aquela
Aquilo

Refere-se à pessoa ou coisa afastada de quem se fala e de quem ouve:

Aquele cara é teimoso.

O que é aquilo?


Refere-se ao lugar distante do falante e do ouvinte:

Aquela sala já foi vendida.


Indica um passado distante:

Aquelas férias foram as melhores de nossas vidas.

Identifica, numa oração, o termo mencionado primeiro:

Pedro e Paulo são irmãos; este, porém é bem mais alto que aquele.





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Tampouco

Tampouco é gramaticalmente classificado como um advérbio. Pode ser substituído por expressões como “também não”, “nem”, “sequer” e “muito menos”. Analisando o vocábulo morfologicamente, percebemos que ele é formado a partir de composição por aglutinação, isto é, duas palavras que se unem em uma só palavra: tão + pouco. Ele será empregado em uma oração para reforçar uma negação expressa anteriormente. Veja os exemplos:

Não fez a lição de casa, tampouco arrumou seu quarto.
Não foi à escola, tampouco ao curso de inglês.
Se eu não consigo resolver essa equação, você tampouco!
Levo uma vida muito saudável, pois não bebo, tampouco fumo.

Atenção:

Muitas pessoas utilizam a expressão “nem tampouco” na oralidade e na modalidade escrita. Contudo, essa expressão é um exemplo de pleonasmo vicioso e, por esse motivo, deve ser evitada. Isso acontece porque as palavras “nem” e “tampouco” são sinônimas, sendo assim, não há motivos para utilizá-las simultaneamente.

► Tão pouco:

Formada pelo advérbio “tão” e pelo pronome indefinido ou advérbio de intensidade “pouco”, a expressão tão pouco pode ser substituída por expressões como “pequeno”, “muito pouco” ou “pouca coisa”.
Como advérbio, “pouco” modifica um verbo e não varia. Veja os exemplos:

Estudamos tão pouco hoje!
Faz tão pouco tempo que voltei das férias e já estou cansada.
Minha bolsa custou tão pouco que eu poderia ter comprado mais uma.

Como pronome indefinido, “pouco” acompanha um substantivo e pode sofrer flexão de gênero (feminino e masculino) e número (singular e plural). Observe:

Nunca havia dado aula para tão poucos alunos como naquele dia.
Tenho tão poucas razões para acreditar em você!
Falta tão pouco para você conseguir!

Tenho tão pouca vontade de trabalhar hoje!




Um comentário:

  1. Minha contribuição sobre os "pleonasmos":
    http://www.recantodasletras.com.br/gramatica/5839173
    Att.
    Marco Antonio

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