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O baú do meu avô - Maria Veronica Azevedo

 


O baú do meu avô

 Maria Veronica Azevedo

 

Meu avo era um comerciante de antiguidades. Ele percorria o interior de Minas Gerais em  busca de objetos antigos e quadros para restaurar e depois vender para colecionadores.

A casa dele era uma espécie  de museu repleto de obras de arte de todo tipo: móveis antigos, objetos de uso variados, esculturas e muitos quadros.

Nós, os netos, crescemos rodeados por histórias contadas desses objetos e também imaginadas pela fantasia que esse ambiente alimentava.

Na sala de visitas havia uma pequena arca de madeira toda trabalhada com apliques esculpidos e uma fechadura de bronze trancada com um cadeado tão antigo quanto a arca.

Desde muito pequena, eu admirava aquela arca. Imaginava estórias mirabolantes de mistério ou até de piratas envolvendo a velha arca.

 

                        ***

A medida que o tempo passava, eu crescia em conhecimento e a imaginação foi se modificando.

A minha curiosidade passou a ser mais objetiva. Assim descobri que a arca de madeira era uma relíquia antiga que fora usada por meu bisavô como mala de viagem.

Na época, as viagens eram feitas a cavalo acompanhado por um jumento que carregava duas arcas de madeira no lombo. Eram sempre duas para o peso ficar equilibrado, tendo-se o cuidado de dividir a bagagem em duas partes de mesmo peso.

Quando me casei, meu avô me deu uma das arcas  de presente. A outra ficou com minha prima que é diretora do museu mineiro. 

Hoje a arca esta na sala da minha casa guardando os álbuns de fotos da família.

Esta semana, fui surpreendida pala pergunta de minha neta Fernanda.

— Vovó! Por que você tem uma arca do tesouro na sua sala? Você conheceu algum pirata?

Fiquei surpresa e não respondi de pronto... Pensei um pouco e falei:  

— Esta arca tão antiga... será que foi de algum pirata? O que você acha que aconteceu com ela? Que tal você criar uma história sobre ela ?

— Legal! Vovó. Vou fazer isto. 

 

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