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DÓRIS THEREZINHA S. ALBERO




SIMONAL, O ANJO PROTETOR DOS NOSSOS FILHOS!


É com lágrimas que escrevo sobre nosso queridíssimo amigo, Simonal. Seu coração era tão grande e acolhedor que nele cabiam todos, pais e filhos, desta nossa comunidade, "Clube Alto dos Pinheiros".

Com seu jeito humilde e carinhoso, com a fala mansa, ele conseguia cuidar das suas atribuições e tomar conta de nossas crianças. Sempre de olho nelas! Para mim era a pessoa mais importante do Clube. Tentem imaginá-lo, vocês desta geração que não o conheceram.

Sua primeira atribuição, no início do clube, era vender títulos de porta em porta!

A garotada adolescente no réveillon de 1979 – 1980, resolveu homenageá-lo compondo uma canção: Taís, Neto, Ana Maria, Zé Guilherme, Miruca, Toninho, Fábio, Rico, Carlinhos, Pitti, Aninha, Carmo, Zeca, Edú, Aldo, Mônica, Martinha, Tininha, Cabral, Cabralzinho, Lea, Pat, Edenir, Lilinho, Heraldo, Rafael, Marta, Marô, Tuca, Tita, Nora e Sergio. Aí vai a música!

"Homenagem a Simonal"
Letra e música de Ernesto.


Viemos nesta data festiva
Para saudar você,
Que representa para o clube
Uma ajuda sem igual
Oh, Simonal!
Salve, o Simonal!
Amigo sensacional.
Amigo de todas as horas,
Simonal você é o maioral,
No campo, cinema ou piscina
Ele não pode faltar
Dá corpo, dá alma, dá sangue
Sem ele eu não posso ficar!

Composta para a bela festa escola de samba preparada por esta turma. Ensaiaram todo mês de dezembro na casa da Tia Silvia e Tio Zé Castilho. Lá era uma festa, sambão todos os dias!

Os instrumentos da banda eram: surdos, caixas, tamborins e pandeiros. Todos vestidos de branco e vermelho com uma bandana vermelha na testa. A porta-bandeira era a Tais Veras carregando o porta-estandarte do Clube, e o Neto era o mestre-sala, com grandes mensuras e posturas dançava com galhardia.
Logo atrás Ana Cristina Stranck Albero e Priscilla Marrone, as caçulas do grupo, entregaram um diploma e um presente ao Simonal. Todos cantando e dançando como se uma verdadeira escola de samba fosse.

Foi uma apoteose” O Clube todo vibrou, cantou e se emocionou!
O homenageado caiu em prantos, e nós também!

Lágrimas em todos os olhares. Simonal, o maioral!

Tenho certeza de que no céu os anjinhos cantando o receberam.
Vá em paz Simonal!

*Simonal foi citado também no meu primeiro livro “Memórias Sempre”, lançado em 2017 no Clube Alto dos Pinheiros.






Uma Carta Perdida


Chegando em casa depois de uma viagem prolongada, é ela é surpreendida com uma quantidade de cartas embaixo da porta.
Naturalmente, pensa ela, são contas a pagar. Uma dentre elas, chama sua atenção: um nome que não é o seu, no seu endereço, e um carimbo de urgente em vermelho.

Ela hesita. E, como é urgente, resolve abri-la, afinal é urgente.
O assunto é realmente importante, constatou ao abrir o envelope. Sente-se na obrigação de encontrar o destinatário. E ainda tem que assegurar-lhe, caso o encontre, de que não foi curiosa ao abrir o envelope, e sim solícita.

A primeira pista estava na própria carta. Realmente não foi, propriamente na carta, teve uma ideia: e se procurasse o número da casa 1170 em ruas próximas à casa dela?

Depois de muito rodar, conseguiu encontrar a tal pessoa cujo nome era igual ao da carta, que esperava pela correspondência com grande ansiedade. Explicou o acontecido e depois de tomar uma xícara de chá com bolo, sentiu que ali seria o começo de uma bela amizade.






LEMBRANÇAS DE SÃO PAULO



         Quando o meu primeiro filho, Carlos Eduardo. Estava para nascer, viemos pra São Paulo.

         Moramos na Rua Pedroso Alvarenga, onde nasceram Heloisa Helena e Carlos Eduardo. Ainda conto a história do nascimento da Helô mais adiante.

         Era um corredor de casas do Engenheiro Ortemblad. Eram casas modernas muito simpáticas. Todos que lá moravam eram casais jovens com crianças das mesmas idades. Éramos todos muito amigos.

         Na rua transversal à nossa morava o Mazzaropi, artista caipira de filmes memoráveis de grande sucesso. Ele gostava de brincar com as nossas crianças na calçada! Moramos três anos nessa casa. Desta vez não vou colocar o nome de todos os nossos amigos, mas eu me lembro sim!

Lembro-me de tanta coisa. Tínhamos aos sábados uma feira bem à nossa porta. Um feirante japonês de frutas, trazia o filhinho Kunyô para brincar com Carlinhos a manhã toda. Eles eram grandes amiguinhos.

         Por onde andará Kunyô? ... Acho que deve ser um médico.

         Natais, aniversários, nascimentos, batizados sempre muito comemorados. Nós sempre fomos uma família muito festeira, nada passava em branco.

         Morávamos na esquina da André Fernandes. Em frente morava minha amiga Benita La Motta, minha comadre duas vezes. Ela batizou Ana Cristina e eu José Carlos, o caçula dela.

         Na outra esquina moravam Marininha e José Roberto Freitas Azevedo, nossos grandes amigos. Estou me referindo a eles, pois farão parte de outro conto. Ele foi o meu médico, por recomendação dela, e não me arrependi!



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