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CASAMENTO NA SUÍÇA - Antonia Marchesin Gonçalves



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CASAMENTO NA SUÍÇA
Antonia Marchesin Gonçalves



                Quando meu marido se tornou executivo da multinacional Sara Lee, após a venda de nossa torrefação para eles, durante cinco anos fomos para a Suíça em função de reuniões anuais na cidade de Zug. Linda cidade como todas lá, com chalés pelos pequenos vilarejos em volta do enorme lago, que eu aproveitava para conhecer. Numa dessas viagens coincidiu de sermos convidados para o casamento da filha de amigos nossos na cidade de Basel, a 30 km da capital Zurick.

                O casamento na Catedral estava marcado ao meio dia, ao que começou pontualmente sem atraso da noiva. De carro saímos de Zug e chegamos em tempo, com tranquilidade. A igreja ficou grande por ter poucos convidados, em torno de 60 pessoas no máximo, que não aparentavam otimates. Após a cerimônia saímos da igreja e num cortejo a pé, mas não fomos para nenhum salão, fomos todos para um parque público que havia atrás da igreja. Os noivos seguiam na frente. Ao entramos no parque, tive uma grande surpresa ao ver duas barracas, tipo de feira livre, numa havia sanduíches embrulhados, e na outra, espumantes sendo servido por uma garçonete no gramado humifuso e muitos bíbulos presentes.

                Os noivos ficaram num canto recebendo as felicitações e presentes, muito deles eram envelopes com dinheiro, transeuntes passavam por nós e seguiam os seus caminhos sem pensar em jamais se meterem de bicões, os noivos nem precisaram usar o renuído, e em momento nenhum alguém fez o gesto de esputação. Após uma hora os noivos e familiares foram para a barcaça pública para atravessar o lago, onde estavam hospedados no stau, Nós fomos de carro alugado e nos instalamos num pequeno stau em frente ao lago, que na entrada havia um brasão todo em sable .

                À noite teve o jantar para os familiares para o qual fomos convidados. O ovençal estava bem provido. Dançamos a moda brasileira e ninguém chegou à carraspana. No dia seguinte pegamos estrada em direção à Itália para visitar meus parentes. Analisando os vilarejos suíços, lindos para fotografia, mas morar lá é outra coisa, as pessoas não me pareciam felizes, pois pelo que vivenciei todos eram muito comedidos, sempre preocupados o que os outros podiam pensar e o policiamento entre moradores grande, sem liberdade de ser, viver como quisessem. Isso foi confirmado, pois nas férias de verão em minha cidade Jesolo com 10 km de praia, os suíços soltavam a franga, com se diz na gíria, faziam tudo que não tinham coragem de faze em suas cidades.


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