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DRIBLANDO MINHA CUNHADA - Carlos Cedano

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DRIBLANDO MINHA CUNHADA
Carlos Cedano

Em casa estávamos contando os dias que faltavam para partirmos de férias, iriamos para a praia! Foi nesse entusiasmo que minha mulher Maria, me pediu para convidar minha cunhada Margot, uma moça encalhada e pouco bonita, para juntar-se a nós. Fiz o convite para atender ao pedido suplicante de minha mulher, mas sem muito entusiasmo e com  esperança de que não o aceitasse, como de fato foi: disse que tinha muito a fazer na cidade e que já tinha assumido outros compromissos e etc. etc...!

Mas em cima da hora mudou de ideia!

Ah, esqueci dizer que também era muito chata e que viajar com ela não pressagiava a diversão e as alegrias que tinha imaginado: curtir meus filhos, namorar em paz com minha mulher, relembrar nosso namoro e etc. etc.  Com minha cunhada, isso não seria possível, pois “alugaria” minha mulher e eu teria que responder às suas inúmeras e insistentes perguntas sempre fúteis e superficiais.

Que fazer? Dois dias antes do embarque “bolei” um plano.  Disse para Margot que a esperaríamos no balcão da companhia aérea e marcamos uma hora, também lhe disse que mandaria um carro que a apanharia na sua casa com a devida antecedência. Minha mulher ficou surpresa  e feliz com minha gentileza e não suspeitou de nada.

Contratei, pagando uma boa grana, um chofer camarada que a a apanharia um “pouco” tarde e a faria chegar ao aeroporto bem em cima da hora: “pode deixar comigo chefe”,  me disse ele. Dito e feito! O cara foi muito legal e deu conta do recado direitinho!


Quando abordamos o avião, minha cunhada, toda apressada, chegou ao balcão da companhia, mas já tinha sido dado o último aviso e não conseguiu embarcar. Até agora não sei por que Margot ficou brava comigo e nos dois anos seguintes não me dirigiu a palavra, o que para mim foi um inesperado e agradável subproduto da viagem, vocês imaginaram, dois anos de sossego, foi um belo presente!

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