Na
última hora
Ises de Almeida
Abrahamsohn
Luís Antonio atendeu o
toque urgente do celular. Tinha ignorado
as duas chamadas anteriores de Fábio.
— Luís meu querido, me
escute.... Não vá fazer essa besteira! Sei
que você está apavorado. Esqueça o que os outros possam pensar! Não case com a Marília! Eu te amo e você
também me ama. Os outros que se danem!
— Sim. Eu sei que o pessoal
está na igreja esperando. E daí? Se você for em frente será pior! E quando
a Marília descobrir? Será ainda muito
pior.... Sem contar as custas do divórcio!
— Não desligue meu amor!
Vou ligar de novo!
— Eu entendo... Sei que
você me ama. Não comece a chorar! Venha, pegue um táxi! Ligue para a Celina, aquela prima dela é uma
das madrinhas. Deve estar com o celular ligado. Eu espero você aqui em
casa, depois vamos direto pro aeroporto.
Iremos para o Rio. Voltamos só quando a
tempestade se acalmar.
— Beijo! Coragem!
Até já! Me ligue do táxi.
— Alô Celina?
Sou eu, Luís. Sim, eu sei que estão todos aí esperando na igreja. Mas
não vai dar. Meu amor é outro. É o Fábio. Sei.... Pode xingar .... Melhor agora
do que depois. Diga para Marília que
peço perdão. Adeus!
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