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ACORDO OTOGRÁFICO E A VIDA DO HÍFEN

O emprego do hífen depois do Acordo Ortográfico:

Vaga-lume, ou vagalume?
Autoajuda, ou auto-ajuda?
Paraquedas, ou para-quedas?
Pré-natal,ou pré natal?
Sem-teto, ou sem teto?
Pão de mel, ou pão-de-mel?



Do acordo ortográfico, o mais emblemático assunto, talvez seja o correto emprego do hífen.

Abaixo temos uma tabela que poderá ajudar a tirar as dúvidas:

O Hífen – O hífen foi abolido em palavras formadas de prefixos (ou falsos prefixos) que terminam em vogal + palavras iniciadas por “r” ou “s”; quando for este o caso, essas letras devem ser duplicadas.

Exemplos: antissocial, antirrugas, autorregulação, contrassenha, extrasseco,   ultrarromântico, suprarrenal, etc.

Atenção: em prefixos terminados em “r”, o hífen permanece se a palavra seguinte for iniciada pela mesma letra: hiper-requintado, inter-racial, inter-regional, inter-relação,  super-realista, etc.

O hífen foi abolido em palavras formadas de prefixos (ou falsos prefixos) terminados em vogal + palavras iniciadas por outra vogal.

Exemplos: autoajuda, autoescola, autoestrada, contraindicação, contraordem,  extraoficial, infraestrutura, semiaberto, semiautomático, semiárido, ultraelevado, etc.

1. esta nova regra permite a uniformização de algumas exceções que já existiam em nosso idioma: antiaéreo, antiamericano, socioeconômico, etc.

2. mas esta regra não é aplicada quando a palavra seguinte começar por “h”: anti-herói, anti-higiênico, etc.

Continua a utilização do hífen quando a palavra é formada por um prefixo (ou falso prefixo) terminado em vogal + palavra iniciada pela mesma vogal.

Exemplo: anti-inflamatório, anti-imperialista, arqui-inimigo, micro-ondas, micro-ônibus, etc.

Atenção: quando o prefixo termina em vogal e a palavra seguinte começa com vogal diferente,não tem hífen; quando o prefixo termina em vogal e a palavra seguinte começa com a mesma vogal, mantém-se o hífen.

Exceção: o prefixo “co”. Mesmo que a palavra seguinte comece com a vogal “o”, não utiliza-se hífen.

O hífen foi abolido em palavras compostas que, pelo uso, perderam a noção de composição.
Exemplos: paraquedas, paraquedista, parabrisa, etc.

Atenção: o hífen continua a ser utilizado em palavras compostas que não contêm elemento de ligação e que constituem unidade sintagmática e semântica, mantendo seu acento próprio, bem como naquelas que designam espécies botânicas e zoológicas: ano-luz, médico-cirurgião, conta-gotas, tenente-coronel, beija-flor, erva-doce, bem-te-vi etc.

Atenção: O uso do hífen continua em palavras formadas pelos prefixos “ex”, “vice” e “soto” (posição inferior): ex-marido, vice-presidente, soto-ministro.

Em palavras formadas pelos prefixos ‘circum’ e ‘pan’ seguidos de palavras iniciadas com vogal, “m” ou “n”: pan-americano, circum-navegação.

Em palavras formadas pelos prefixos “pré”, “pró” e “pós” seguidos de palavras que tem significado próprio: pré-natal, pró-socialismo, pós-graduação.

Em palavras formadas pelas palavras “além”, “aquém”, “recém”, “sem”: além-mar,  aquém-mar, recém-casados, sem-teto, etc.

Atenção: O hífen foi abolido em locuções de qualquer tipo (substantivas, adjetivas, pronominais, verbais, adverbiais, prepositivas ou conjuncionais): fim de semana, café com leite, pão de mel, cartão de visita, etc.

Exceto em algumas expressões, como por exemplo: água-de-colônia, arco-da-velha, cor-de-rosa, mais-que-perfeito, pé-de-meia, etc.


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